terça-feira, 20 de novembro de 2012

Entrevista com Paulo Malerba sobre o Dia da Consciência Negra

Nessa entrevista Paulo Malerba responde questões que comumente são feitas em relação ao dia da Consciência Negra.


Pergunta - Você é a favor dessa data do dia 20 de Novembro, Consciência Negra, que é feriado em Jundiaí?

Paulo Malerba - Sim, sou totalmente favorável. A data traz à memória a vida e luta de Zumbi dos Palmares, liderança da resistência negra no contexto da escravidão, em defesa de seu povo. Concordo com seus propósitos, a exaltação da diversidade humana, a valorização da cultura e dos costumes negros e a reflexão e discussão sobre os desafios para vencer a discriminação racial em todas as esferas da vida.

Pergunta - Não deveria existir o “dia dos brancos” ou de outras raças? Ao  ao criar uma data apenas para os negros isso não traz mais problemas, sendo injusta com as outras raças?

Paulo Malerba - A data exalta a diversidade, valoriza a raça e a cultura negra. Historicamente os negros são discriminados no Brasil, num processo que encontra suas origens na escravidão e nas teorias do racismo científico do século XIX. Isso resultou em um quadro de preconceito, desvalorização e de diminuição da importância dos negros. Algo que perdura nos dias atuais. O mesmo não se verifica com os brancos, que não sofrem preconceito em razão de sua raça. Existem preconceitos contra brancos sim, mas não vinculados à questão racial. Poderia citar a discriminação que muitos brancos sofrem em virtude de sua classe social, por serem pobres; ou que as mulheres são vítimas; ou que os homossexuais enfrentam. Elas estão ligadas a outras temáticas, que também são fundamentais e tem sido debatidas no país. A discriminação racial está fortemente ligada aos negros, por isso a importância dessa data, que reafirma as diferenças humanas e ao mesmo tempo cobrar a igualdade. Diferenças não podem implicar em desigualdades.

Pergunta - Mas existe mesmo raça? Não seríamos todos da raça humana? Pesquisas mostram que geneticamente não existe raça, pois as pessoas possuem genes variados, uma pessoa negra pode possuir uma ancestralidade europeia significativa e um branco uma ancestralidade genética africana significativa.  

Paulo Malerba - Do ponto de vista biológico somos da espécie humana, os Homo Sapiens. As raças são diferenciações no interior de uma espécie. Porém, a discussão que se coloca não é biológica ou genética, ela é social. Nesse sentido raça se aproxima do conceito de etnia. Notadamente a humanidade possui particularidades e diferenças sociais e culturais, como linguagem, religiões, hábitos, alimentação, vestimenta, etc. além disso possuem características físicas diferentes. É possível observar visualmente diferenças entre um descendente de japoneses e um descendente de negros africanos.
A discriminação que temos observado ocorre pois essas diferenças culturais e físicas tem sido levadas em conta no convívio em sociedade, valorizadas ou desvalorizadas por razões sócio-históricas. Duas dessas razões sócio-históricas são a escravidão no Brasil e as teorias racistas do século XIX. Por exemplo, muitas igrejas evangélicas depreciam a religião e a cultura africana vinculando-as ao “Mal”, como se fossem negativas. Isso é uma discriminação. Os negros tem mais dificuldades em conseguir emprego, tem menores salários, mais dificuldades em ascender na carreira. Há uma legislação anti-racismo e não é à toa, muitas foram as atitudes racistas contra negros em empresas, escolas, ônibus, elevadores, etc. que precisaram de legislação para puní-las e evitá-las. Para isso os agressores não verificaram a carga genética do negro, mas observaram suas características físicas, a cor de sua pele, o seu cabelo, ou mesmo hábitos culturais.         

Pergunta - Ao se falar tanto em raça, não estaríamos dividindo as pessoas? Não seria melhor falar menos em divisão e mais em união entre as pessoas?

Paulo Malerba - A questão do racismo e da segregação está colocada no cotidiano do Brasil e não foram os negros que a colocaram. Eles foram e são vítimas desse processo.
A consciência negra fala em diversidade e isso também significa união. Significa dizer que somos diferentes, possuímos características e culturas diferentes, todavia somos seres humanos, iguais em valor e direitos. O problema é que na realidade diária existe uma divisão. Há igualdade na formalidade da teoria, mas na prática ela não se realiza. A população, a cultura e a história negra são valorizadas nessa data, pois é ela que tem sido discriminada na história do Brasil.  

Pergunta - A questão social não seria mais determinante para a desigualdade das pessoas negras do que a questão racial? Isso é, a maioria dos negros estão nas camadas mais pobres, devido a um legado da escravidão, essa não seria a maior discriminação e que deveria ser combatida?

Paulo Malerba - Acredito que há um arranjo para a desigualdade. Explico. As pessoas podem sofrer com a discriminação na sociedade por mais de um motivo. Como eu disse, elas podem sofrer por serem negras, ou serem pobres ou serem mulheres ou homossexuais, etc., ou ainda fazer parte de todos esses grupos ao mesmo tempo.  Por exemplo, de acordo com os levantamentos do Censo 2010, uma mulher negra recebe um salário menor que um homem negro. Essa é uma questão de gênero. Mas ela também recebe menor que uma mulher branca. Essa é uma questão de raça. O mapa da diversidade dos funcionários do setor bancário a que tive acesso mostra essa mesma tendência. Há desigualdades de diferentes ordens e interconectadas.
Portanto, considero que a questão social é um importante determinante, mas não é o único, a raça tem um papel significativo. Os pobres negros são mais discriminados que os pobres brancos. Portanto, precisamos enfrentar e combater as discriminações em todas as suas formas.   


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Três Pastas De Documentos. Mas Ainda Falta Muito

O secretário de Negócios Juríricos, Gustavo Maryssael de Campos entregou ao vice-prefeito eleito e coordenador do processo de transição governamental, Durval Orlato, três pastas com informações sobre o orçamento municipal, a relação de contratos vigentes e licitações em andamento, bem como a relação de servidores municipais e obras que estão sendo executadas pela administração municipal.
A entrega foi feita durante a segunda reunião da Comissão de Transição realizada nesta terça-feira (13) no Paço Municipal.
“Acreditamos que as informações deverão sanar a maior parte das dúvidas do governo eleito. Mas estamos à disposição, se necessário, para fornecer informações adicionais”, explicou o secretário.
Não é o que pensa, porém, Durval Orlato. A equipe de transição ainda não teve tempo para analisar todo o material entregue pela atual administração – o que deve acontecer na manhã desta quarta-feira (14) -, mas segundo a análise prévia de Orlato, faltam informações importantes, especialmente com relação à gestão de saúde do município.
“Não recebemos informações ainda a respeito da gestão do Hospital São Vicente e do Hospital Universitário. O HU é gerido pela Fundação Dr. Jayme Rodrigues e São Vicente pela OS Pró-Saúde. Pelo que conversei com os membros da comissão ainda não temos todas as informações que pedimos. Isso é fundamental para que a gente identifique os gargalos do atendimento”, disse Orlato.
Ainda segundo ele, a comissão não entregou documentos relativos a DAE SA (responsável pelo saneamento) e a Cijun (Companhia de Informática).
Os secretários que compõem a equipe indicada pela Administração – Gustavo Maryssael de Campos (Negócios Jurídicos), Clóvis Marcelo Galvão (Administração), José Antonio Parimoschi (Finanças) e Oraci Gotardo (Casa Civil) – receberam a equipe do governo eleito composta por Durval Orlato (coordenador), Denis Crupe e Dinei Pasqualini.
O próximo encontro está agendado para o dia 26. Até lá, a equipe indicada pelo governo eleito irá avaliar as informações recebidas para que possa apresentar outros questionamentos pontuais.
Foto de abertura: O secretário de Negócios Jurídicos, Gustavo Maryssael de Campos, e o vice-prefeito eleito, Durval Orlato. Divulgação da Assessoria Imprensa Prefeitura.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O “mensalão” tucano

- por Mino Carta, na CartaCapital

A mídia nativa entende que o processo do “mensalão” petista provou finalmente que a Justiça brasileira tarda, mas não falha. Tarda, sim, e a tal ponto que conseguiu antecipar o julgamento de José Dirceu e companhia a um escândalo bem anterior e de complexidade e gravidade bastante maiores. Falemos então daquilo que poderíamos definir genericamente como “mensalão” tucano. Trata-se de um compromisso de CartaCapital insistir para que, se for verdadeira a inauguração de um tempo novo e justo, também o pássaro incapaz de voar compareça ao banco dos réus.

Réu mais esperto, matreiro, duradouro. A tigrada atuou impune por uma temporada apinhada de oportunidades excelentes. Quem quiser puxar pela memória em uma sociedade deliberadamente desmemoriada, pode desatar o entrecho a partir do propósito exposto por Serjão Motta de assegurar o poder ao tucanato por 20 anos. Pelo menos. Cabem com folga no enredo desde a compra dos votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, até a fase das grandes privatizações na segunda metade da década de 90, bem como a fraude do Banestado, desenrolada entre 1996 e 2002.

Um best seller intitulado A Privataria Tucana expõe em detalhes, e com provas irrefutáveis, o processo criminoso da desestatização da telefonia e da energia elétrica. Letra morta o livro, publicado em 2011, e sem resultado a denúncia, feita muito antes, por CartaCapital, edição de 25 de novembro de 1998. Tivemos acesso então a grampos executados no BNDES, e logo nas capas estampávamos as frases de alguns envolvidos no episódio. Um exemplo apenas. Dizia Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente do banco, para André Lara Rezende: “Temos de fazer os italianos na marra, que estão com o Opportunity. Fala pro Pio (Borges) que vamos fechar daquele jeito que só nós sabemos fazer”.

Afirmavam os protagonistas do episódio que, caso fosse preciso para alcançar o resultado desejado, valeria usar “a bomba atômica”, ou seja, FHC, transformado em arma letal. Veja e Época foram o antídoto à nossa capa, divulgaram uma versão, editada no Planalto e bondosamente fornecida pelo ministro José Serra e pelo secretário da Presidência Eduardo Jorge. O arco-da-velha ficou rubro de vergonha, aposentadas as demais cores das quais costuma se servir.

Ah, o Opportunity de Daniel Dantas, sempre ele, onipresente, generoso na disposição de financiar a todos, sem contar a de enganar os tais italianos. Como não observar o perene envolvimento desse monumental vilão tão premiado por inúmeros privilégios? Várias perguntas temperam o guisado. Por que nunca foi aberto pelo mesmo Supremo que agora louvamos o disco rígido do Opportunity sequestrado pela PF por ocasião da Operação Chacal? Por que adernou miseravelmente a Operação Satiagraha? E por que Romeu Tuma Jr. saiu da Secretaria do Ministério da Justiça na gestão de Tarso Genro? Tuma saberia demais? Nunca esquecerei uma frase que ouvi de Paulo Lacerda, quando diretor da PF, fim de 2005: “Se abrirem o disco rígido do Opportunity, a República acaba”. Qual República? A do Brasil, da nação brasileira? Ou de uma minoria dita impropriamente elite?

Daniel Dantas é poliédrico, polivalente, universal. E eis que está por trás de Marcos Valério, personagem central de dois “mensalões”. Nesta edição, Leandro Fortes tece a reportagem de capa em torno de Valério, figura que nem Hollywood conseguiria excogitar para um policial noir. Sua característica principal é a de se prestar a qualquer jogo desde que garanta retorno condizente. Vocação de sicário qualificado, servo de amos eventualmente díspares, Arlequim feroz pronto à pirueta mais sinistra. Não se surpreendam os leitores se a mídia nativa ainda lhe proporcionar um papel a favor da intriga falaciosa, da armação funesta, para o mal do País.

Pois é, hora do dilema. Ou há uma mudança positiva em andamento ou tudo não passa de palavras, palavras, palavras. Ao vento. É hora da Justiça? Prove-se, de direito e de fato. E me permito perguntar, in extremis: como vai acabar a CPI do Cachoeira? E qual será o destino de quem se mancomunou com o contraventor a fim de executar tarefas pretensamente jornalísticas, como a Veja e seu diretor da sucursal de Brasília, Policarpo Jr., uma revista e um profissional que desonram o jornalismo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Governo De Transição Vai Questionar Atual Administração

A primeira reunião da comissão de transição do governo de Jundiaí aconteceu na manhã desta quinta-feira (8), no oitavo andar do Paço Municipal.
Foi definida a rotina dos trabalhos do grupo daqui até o início da nova gestão, a partir de janeiro de 2013.
Na próxima terça-feira (13), em nova reunião, a equipe do atual governo formalizará a entrega de material com conteúdo sobre contratos, projetos, cargos e orçamento municipal.
Os dados também serão publicados no portal da transparência do município.
De acordo com o vice-prefeito eleito, Durval Orlato, coordenador da equipe do prefeito eleito, Pedro Bigardi, será protocolado um ofício com questionamentos pontuais aos atuais secretários.
“Vamos focar também nas prioridades que devem ser resolvidas logo para o início de governo, como a Operação Verão (de prevenção aos estragos causados pelas chuvas de janeiro e fevereiro), início do ano letivo da Educação, nomeações e exonerações, além do planejamento da Festa da Uva e do Carnaval”.
De acordo com o secretário de Negócios Jurídicos, Gustavo Maryssael de Campos, o processo caminhará de forma republicana, democrática e transparente.
“Vamos promover aos eleitos o pleno acesso às informações solicitadas, para que não tenhamos prejuízo da continuidade de programas, serviços, obras e projetos que estejam em andamento”, explicou.
A equipe do prefeito eleito, Pedro Bigardi, é coordenada pelo vice-prefeito eleito, Durval Orlato, e integrada também pelo engenheiro e coordenador de projetos, Dinei Pasqualini, além do advogado Dênis Crupe.
Os indicados do atual prefeito, Miguel Haddad, são os atuais secretários Gustavo Maryssael de Campos (Negócios Jurídicos), Oraci Gotardo (Casa Civil), Clóvis Galvão (Administração) e José Antonio Parimoschi (Finanças).
Além da reunião da próxima terça-feira, um novo encontro já ficou agendado para o dia 26 de novembro (sexta-feira), sempre às 8 horas no Paço Municipal.
A população poderá acompanhar a transição pelo site da Prefeitura de Jundiaí [www.jundiai.sp.gov.br].

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PSDB sai trincado da eleição municipal

A derrota agravou os problemas internos no partido que é, cada vez mais, o esteio da oposição conservadora e de direita: o PSDB.

Por José Carlos Ruy

A reação dos tucanos e da mídia conservadora ante a estrondosa derrota do PSDB na eleição municipal deste ano é surpreendente. Além de procurar desculpas para explicar o mau desempenho eleitoral nos dois turnos da eleição, alinhavam argumentos para fazer acreditar no improvável, o alegado enfraquecimento da base do governo da presidenta Dilma Rousseff, e tentam convencer incautos sobre um também alegado fortalecimento do PSDB nesta eleição. E apostando, sobretudo, num sonhado – como reconheceu o cardeal tucano eleito para a prefeitura de Manaus, Artur Virgílio – rearranjo partidário para 2014 que atrairia o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos para uma aliança com o PSDB na disputa presidencial.

Vão gastar papel e tinta (ou tela e sinais eletrônicos, se quisermos modernizar a linguagem) em tentativas de consolo com escassa base nos fatos concretos.

A verdade indisfarçável é a de que os partidos de esquerda e centro-esquerda se fortaleceram, ao mesmo tempo em que a oposição conservadora e neoliberal desceu um degrau na escadaria do poder. PSDB, PPS e DEM (sobretudo) viram diminuir seus números de prefeitos, vereadores e de votos. Em contrapartida, PT, PCdoB e PSB cresceram ganhando maior número de votos, prefeituras e vereadores.

E a oposição, embora tenha ganhado em capitais importantes, como Manaus e Salvador (dando uma sobrevida ao esquálido DEM), perdeu a principal e mais importante disputa, a eleição em São Paulo, que tem influência nacional determinante.

Derrota que agravou os problemas internos no partido que é, cada vez mais, o esteio da oposição conservadora e de direita: o PSDB.

O partido dos tucanos mantém inegável força política, mas corroída por disputas internas que, fechadas as urnas, afloraram com força opondo lideranças declinantes, como o derrotado José Serra e o impopular Fernando Henrique Cardoso, a novas estrelas cuja ascensão no ninho tucano tem esbarrado justamente na oposição do núcleo paulista da legenda, como os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Minas Gerais, Aécio Neves.

A movimentação começou logo no dia seguinte à derrota de José Serra. O governador mineiro Aécio Neves, que vive às bicadas com José Serra desde pelo menos a disputa para definir o candidato tucano para a eleição presidencial de 2010, viajou para São Paulo na segunda-feira (29), onde foi conversar com Fernando Henrique Cardoso para avaliar o desempenho partidário na eleição encerrada no domingo; seu contato com José Serra reduziu-se a um telefonema. Aécio que foi alçado, com o enfraquecimento de Serra, à grande estrela tucana, ao lado de outro desafeto do candidato derrotado, o governador Geraldo Alckmin, que também não reza pela cartilha serrista e que emerge da eleição como a outra grande estrela nacional do partido.

O estilhaçamento interno do PSDB é visível também na avaliação do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), um serrista de carteirinha que jogou a culpa da derrota de Serra sobre o que chamou de "negligência política" do PSDB. Foi na conta dessa “negligência política” que ele colocou o fracasso tucano em defender os motivos e a trajetória de seu candidato, sobretudo os temas conservadores que acolheu (aos quais o próprio Fernando Henrique Cardoso se referiu criticamente, durante a campanha) ou a decisão de renunciar à prefeitura em 2006, com pouco mais de um ano de mandato, e que foi um dos principais fatores da forte rejeição que as pesquisas de opinião registraram.

A fragmentação ocorre ao lado de um movimento visível no ninho para desinflar a hegemonia paulista (paulistana, mais precisamente) no PSDB. De Manaus, Artur Virgílio reforça esse movimento montado numa vitória que o recoloca no primeiro plano entre os caciques emplumados. E confessa que o “time dos sonhos” do tucanato é a improvável aliança com o PSB de Eduardo Campos em 2014. Sonho partilhado também pelo cardeal Fernando Henrique Cardoso.

Aécio é um dos crentes em uma “vitória” tucana. "O resultado superou nossas expectativas", disse, comparando o desempenho tucano com apenas o de um dos partidos da base aliada, o principal deles, o PT, e deixando deliberadamente de fora de seu foco de análise o desempenho das outras agremiações do núcleo de esquerda e centro-esquerda do governo, como o PCdoB, o PSB e o PMDB.

Outro que alardeia um fortalecimento tucano pós eleição é o presidente em exercício do partido, Alberto Goldman. "Saímos mais fortes. Apesar de ter perdido em São Paulo com 11% de diferença”, disse, ancorando-se num resultado nacional que considerou favorável que, em sua opinião, derivou de uma “maior capilaridade” do PSDB, de “uma presença mais expressiva”. Há opinião para tudo!

O mantra tucano pós derrota passou a ser a “necessidade de renovação”. O cientista político Humberto Dantas, do Insper, acredita na necessidade de "oxigenar" um partido cujas lideranças já estão avançadas em anos – Fernando Henrique Cardoso passa dos 80 anos, Serra dos 70 e Alckmin está na véspera de completar 60. Lideranças que têm se caracterizado, na última década, por colecionar derrotas eleitorais.

Não há como deixar de ler, nas entrelinhas da análise do professor, o nome de Aécio Neves, embora ele não o tenha citado. Mas ele apontou, em seu diagnóstico, o desafio a ser enfrentado para uma “renovação” tucana: a "truculência" das forças internas do partido, "viciadas na fórmula Covas-Alckmin-Serra". Truculência exposta já em eleições passadas quando a definição dos principais candidatos tucanos foi decidida quase a tapas.

Entre os problemas do PSDB apontados por Dantas está a necessidade de apresentação de novos nomes, novas lideranças que superem este triplo legado (Covas, Serra, Alckmin), está o que chamou de uma "significativa incapacidade de se planejar enquanto partido", e a urgência de encontrar "respostas estratégicas às demais perguntas deve tomar conta da agenda tucana urgentemente."

O desentendimento entre os caciques é um ponto frágil significativo, de desdobramentos que ainda não se pode prever. Outra fragilidade, enorme, são as ideias, é o programa. "O partido tem que construir seu discurso, fortalecer esse discurso de oposicionista para enfrentar o poder central que é o PT e seus aliados”, disse Alberto Goldman. “A estratégia é definir claramente sua posição e atuar, estar presente nos grandes temas que aparecem a todo momento”.

Ele repete, à sua maneira, aquilo que Fernando Henrique Cardoso vem repetindo há algum tempo. Artur Virgílio é outro para quem o PSDB, "mais do que novos quadros, precisa de novas ideias", aterrizando no cotidiano e falando “a linguagem das pessoas”, estando “superado isso de partido de intelectuais". Talvez ele tenha razão. Um partido de caciques intelectuais, distanciado do povo e dos trabalhadores, tem mesmo dificuldades crescentes à medida em que a democracia avança.

Mas que temas traduzir em “linguagem popular?” Com certeza será a reafirmação do mesmo repudiado programa neoliberal, de privatizações e omissão do Estado em relação aos problemas do povo, tudo isso embalado no cantochão do chamado “mensalão”. É um desafio e tanto para o tucanato visto que, cada vez mais, os brasileiros demonstram imunidade ao discurso privatista, elitista, antinacional e antidemocrático que os caracteriza.

O resultado da eleição deste ano aponta certamente para um rearranjo partidário, que corresponde a mudanças que ocorrem entre o eleitorado. Mas não se trata de um rearranjo à maneira conservadora. Bem, observadas as coisas, pode-se ver que, entre os quatro grandes partidos, dois perfilam no campo da esquerda (PT e PSB), um no campo que se pode chamar de cento-esquerda (PMDB) e um consolida-se como a legenda da direita (o PSDB). É preciso considerar também, nesta avaliação de uma tendência à esquerda do eleitorado, o notável crescimento do PCdoB, que avança e acumula forças.

Neste quadro partidário em movimento, onde a direita mais tradicional se estiola (o DEM agarra-se à tábua de salvação que significa a conquista da Prefeitura de Salvador) há um lugar demarcado para o tucanato: consolidar-se como o refúgio das forças conservadoras e oligárquicas numa nova formulação partidária onde elas perdem crescentemente expressão eleitoral. Pode-se prever os intensos conflitos entre as caciques tucanos até alcançarem a acomodação interna. É um processo em curso cujo próximo passo significativo será a eleição geral de 2014 (que inclui a disputa pela Presidência da República e dos governos estaduais). Serão dois curtos anos de fortes lutas no ninho tucano, envolvendo quase certamente Aécio Neves, Geraldo Alckmin, o renitente José Serra, sob a sombra de Fernando Henrique Cardoso. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bigardi tem compromissos com os trabalhadores


Com a maior votação obtida por um candidato a prefeito, Pedro Bigardi quer ser “o melhor prefeito que o município já teve”, como ele afirmou após confirmada sua vitória. 

Ele tem o compromisso com os trabalhadores em adotar políticas públicas eficientes, com mais escolas e creches, e um sistema de saúde com mais qualidade, além da redução dos custos com transporte coletivo.


“O objetivo é que os trabalhadores possam usufruir mais dos serviços públicos e, consequentemente, tenham a oportunidade de utilizar parte dos seus rendimentos para dar mais qualidade de vida às suas famílias”, comentou Bigardi. 


A oferta de serviços públicos mais eficientes será benéfica para todos os segmentos da sociedade, que inclui desde os trabalhadores até os empresários, já que a redução do custo de produção permite aos empresários oferecer melhores salários e condições de trabalho.


“Vamos dialogar com os diferentes segmentos da sociedade para que possamos integrar várias cidades distintas em uma que seja boa para todos”, afirmou.


A prioridade do governo Pedro Bigardi é o trabalhador, principalmente aquele que continua sem acesso à moradia adequada, à saúde, à escola e a outros direitos básicos, permanecendo excluídos da vida social.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Parabéns ao Partido dos Trabalhadores!

Tivemos uma vitória significativa e histórica nesse Domingo, 28/10/2012. 

Esse grande resultado é fruto não apenas dessas eleições, mas de uma construção histórica na qual o PT é protagonista em Jundiaí e tem sido no Brasil. Do trabalho de muitos que não desistiram de lutar e continuam em frente nesse projeto de renovação democrática da cidade. Portanto, em primeiro lugar, quero saudar e parabenizar toda nossa militância pelo excelente trabalho e pelo resultado alcançado! Nós merecemos comemorar!

O PT teve resultados muito expressivos no Brasil e no Estado de São Paulo, que mostram a confiança e o reconhecimento das pessoas ao trabalho desenvolvido pelas nossas administrações. Tenho orgulho do Partido dos Trabalhadores.


A partir de agora, juntos com Pedro BigardiDurval Orlato e os partidos coligados, teremos muitos desafios para tornar realidade esse projeto político que tanto defendemos - pois queremos nossa Jundiaí socialmente justa, governada de forma democrática, eficiente e transparente.

Teremos no PT o nosso vice Durval Orlato e três vereadores na Câmara Municipal, Paulo Malerba (eu), Gerson Sartori e Marilena Negro. Esses companheiros e essa companheira terão a responsabilidade de mediar esse projeto entre o poder público, os partidos e a sociedade. Sem dúvida, será uma grande responsabilidade.

Precisamos estabelecer um padrão de alta qualidade para governar a cidade. Um padrão republicano. Esse diferencial será uma de nossas atribuições. Esperamos contar com toda nossa militância para que esse governo consolide nossos ideais e realize o projeto que construímos por tantos anos.

Para mim essa vitória é muito especial, tanto pela minha eleição quanto pela do Pedro Bigardi. Eu a recebo com serenidade, compreendendo o nosso momento histórico e buscando honrar essa confiança.

Essa nossa vitória não tem caráter de punição ou vingança contra qualquer outro grupo político. Pelo contrário, temos que governar para toda a cidade e dialogar com todas as forças políticas de Jundiaí. Temos o nosso projeto político e vamos buscar implementá-lo da melhor forma possível, o que nos rege é o princípio republicano, onde os interesses públicos, coletivos e sociais estão acima de interesses individuais e privados.

Forte abraço e saudações petistas!

Pedro Bigardi (PCdoB) e Durval Orlato (PT) vencem as eleições para prefeito em Jundiaí!


O deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB) é o novo prefeito de Jundiaí. Com 98,17% das urnas apuradas, o candidato da coligação Confiança Para Renovar aparece com 65,59% dos votos válidos. Luiz Fernando Machado (PSDB) ficou com 34,41%. Os votos brancos somam 2,28% e os nulos, 4,68%. A abstenção está em 11,24%. Jundiaí tem 374.962 habitantes e é um dos dez municípios que integram o circuito das frutas no interior paulista, o que estimula o turismo rural. O comércio da cidade é desenvolvido em quase todos os ramos. 

Bigardi administrará um município com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 16,6 bilhões, sendo R$ 9 bilhões do setor de serviços e comércio e R$ 5,2 bilhões do setor industrial. Os dados são do levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009. Na área de transportes, todas as ferrovias do estado de São Paulo passam, começam ou terminam em Jundiaí, ligando a cidade diretamente ao Porto de Santos, que fica a 110 quilômetros.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Em Jundiaí, Lula apóia Pedro Bigardi e chama tucanos de predadores


Daniel Carvalho
Enviado especial a Jundiaí

O ex-presidente Lula voltou a atacar o PSDB na manhã desta segunda-feira (22), em Jundiaí (SP), e disse que é preciso tomar cuidado com os tucanos, porque eles têm "bico bonito", mas são "predadores".

Lula participou do comício do ex-petista Pedro Bigardi (PC do B), que enfrenta Luiz Fernando Machado (PSDB). A cidade está sob controle tucano há 16 anos.

"Vocês sabem que tucano tem aquele bico bonito, mas é predador. Quem conhece de aves sabe que tucano come passarinho novo no ninho, come ovinho. É preciso tomar cuidado", afirmou o ex-presidente que lotou uma pequena praça na cidade, que terá segundo turno pela primeira vez.

Lula disse que, assim como ele em 2006, e como a presidente Dilma Rousseff em 2010, Bigardi está sendo alvo de uma "central de mentiras".

Na reta final do primeiro turno, opositores espalharam panfletos relacionando o comunista ao escândalo do mensalão e afirmando que ele chamaria para compor o gabinete o ex-ministro José Dirceu.

"Vocês estão vendo a campanha contra o Fernando Haddad em São Paulo. É por isso que o Haddad vai ganhar também, como você vai ganhar aqui. Porque o povo brasileiro e o povo de Jundiaí tão com o saco cheio de mentiras, com o saco cheio de candidato que não tem o que falar e então começa a falar do outro", afirmou.

Na primeira etapa das eleições, Bigardi obteve 49,98%, enquanto Machado ficou com 42,95%.

DOENÇA

O ex-presidente abriu o discurso falando de sua saúde. Disse que estava "quase 100% curado", que a garganta ainda estava um pouco inchada e que já recuperou "90% da mobilidade da perna". "Logo, logo estarei marcando um golzinho", afirmou.

Lula chegou ao comício por volta de 11h30. O ex-presidente resolveu sair do carro antes de entrar na área reservada, o que gerou tumulto.

O ex-presidente discursou por pouco mais de 11 minutos. Disse que sua fala foi breve porque teria à tarde um encontro com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy.

domingo, 21 de outubro de 2012

Bolsa Família não desestimulou procura por emprego, diz estudo

Desde que foi lançado, há cerca de oito anos, o programa federal Bolsa Família ajudou a retirar cerca de 30 milhões de brasileiros da pobreza absoluta. Em meio às muitas críticas recebidas, conseguiu derrubar previsões simplificadoras, como a de que estimularia seus beneficiários a manterem-se desempregados para receber ajuda estatal. É o que mostra a segunda rodada de Avaliação de Impacto do programa, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) com 11.433 famílias, beneficiárias ou não, em 2009.
De acordo com o levantamento, quem recebe repasses do governo federal não deixa de procurar emprego. Ao considerar uma faixa de 18 a 55 anos de idade, a parcela de pessoas ocupadas ou procurando trabalho em 2009 era de 65,3% entre os beneficiários e 70,7% para os indivíduos fora do programa. Analisando pessoas entre 30 e 55 anos, a porcentagem é de cerca de 70% para ambos os grupos.
O índice de desemprego também é semelhante. Em 2009, 11,4% dos não beneficiados entre 18 e 55 anos estavam sem trabalho, contra 14,2% dos auxiliados pelo Bolsa Família. Na faixa de 30 a 55, a diferença é menor: 7% para as pessoas sem benefícios, ante 8,9% do outro grupo. “Em 2009, a busca por trabalho entre beneficiários é um pouco mais elevada que os não beneficiários. Esses resultados revelam, pois, não haver evidências de que haja desincentivo à participação no mercado de trabalho por parte dos beneficiários do PBF”, diz o documento.
O programa também ajudou a atrasar a entrada de jovens entre 5 e 17 anos de idade no mercado de trabalho, o que geralmente ocorre pela necessidade de auxiliar no sustento da família. Apesar desta faixa etária possuir níveis baixos de ocupação, houve avanços e quedas em geral.
Em 2005, 3,6% das meninas fora do Bolsa Família entre 5 e 15 anos trabalhavam, contra 2,2% das que recebiam auxílio. Entre os meninos nesta faixa, 5,5% sem apoio tinham emprego, contra 4,3% dos beneficiários. Quatro anos mais tarde, a porcentagem caiu para 1,9% das meninas e 3,2 dos meninos sem repasses federais para 2% das mulheres e 3,7% dos homens com ajuda financeira do programa.
Na faixa de 16 e 17 anos, 17,6% das adolescentes e 30,4% dos rapazes sem benefícios trabalhavam em 2005, contra 15,4% das mulheres e 32,6%, respectivamente, com benefício. Em 2009, 11,6% das meninas e 21,7% dos meinos sem benefício tinham emprego, ante 9,7% e 19,3 dos beneficiados.


O recebimento dos repasses do Bolsa Família varia de 32 a 306 reais mensais, segundo critérios como a renda mensal per capita da família e o número de crianças e adolescentes de até 17 anos. O programa, que tem orçamento de 20 bilhões de reais para 2012 – cerca de 0,5% do PIB -, está condicionado ao cumprimento de diversos fatores pelos beneficiários. Entre eles, a frequência mínima de 85% às aulas para crianças de 6 a 15 anos e 75% para jovens de 16 e 17 anos.
Os dados mostram uma série de avanços sociais proporcionados pela ação. Entre eles, a melhora ao acesso à educação entre os jovens pobres. O levantamento aponta que a frequência na escola entre crianças de 8 a 14 anos de idade é de 95%, mas o resultado vai piorando nas faixas etárias de 7 a 15 anos e entre 16 e 17 anos. Segundo informações obtidas por CartaCapital junto ao MDS (não pertencentes ao levantamento), entre 2009 e 2011 somente 4% dos beneficiários tiveram baixa frequência nas escolas. Em 2011, 95,52% deles cumpriram a cota mínima de presença exigida.
Apesar de os níveis de comparecimento às salas de aula estarem dentro do esperado, em 2009 a taxa de aprovação dos alunos com auxílio financeiro no ensino fundamental foi de 82% contra 83,8% da média, com melhora no ano seguinte: 83,1% contra 85,3%. A taxa de abandono, no entanto, foi menor que a média: 3,4% em 2009, ante 4,1; 3% em 2010, contra 3,5%.


Mas no ensino médio público os resultados são melhores para os integrantes do Bolsa Família. Em 2009, eles alcançaram nível de aprovação de 79,9%, contra 73,7% da media. No ano seguinte, o resultado foi de 80,8% contra 75,1% em favor dos beneficiários. A evasão escolar também foi menor que a da média: 7,5% em 2009 para os alunos do programa, contra 12,8%; 7,2% contra 11,5% em 2010.
Os resultados do levantamento ainda trazem avanços na área da saúde. Em 2005, as grávidas entrevistadas afirmaram ter ido, em média, a 3,1 consultas de pré-natal, um número que saltou para 3,7 quatro anos depois. Sendo que as mulheres com beneficio passaram de 3 visitas para 3,7 visitas, com a evolução de 3 para 3,5 das não auxiliadas. No mesmo período, caiu de 20% para 7% o total de gravidas entrevistadas que relataram não ter realizado pré-natal, com quedas significativas em ambos os grupos.


O tratamento dado às mães surtiu efeitos nos filhos. A prevalência de desnutrição aguda, crônica e baixo peso entre menores de cinco no período de 2005 a  2009 teve, em geral, queda semelhante para crianças de membros do Bolsa Família e de não beneficiados.
A proporção de crianças com desnutrição crônica caiu de 14,7% para 9,7% entre os beneficiários e 15,8% para 11% no outro grupo analisado. O baixo peso teve queda de 7,8% para 5,8% entre os não auxiliados e 7,2% para 5,9% nos beneficiários. A diferença nos casos de desnutrição aguda, no entanto, é grande: enquanto os entrevistados fora do Bolsa Família viram um aumento de 8% para 9%, os auxiliados registraram diminuição de 7,7% para 7,4%.
Outro dado elevado é a taxa de vacinação entre as 4,1 milhões de crianças acompanhadas no primeiro semestre de 2012: com o programa,  98,89% delas seguiram o calendário vacinal.

Confirmado: Lula em Jundiaí nesta segunda-feira!

Confirmado e definido: LULA estará nessa segunda-feira, 22/10, às 11 horas, na Praça da Matriz. Visita histórica para apoiar Pedro Bigardiprefeito e Durval Orlato, vice. Rumo à renovação! Até a vitória!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Visita de Lula adiada

Por motivos de incompatibilidade de horários nas agendas, ocasionada pelos dois debates de amanhã em Sorocaba e Campinas, está adiada a visita do ex-presidente Lula a Jundiaí prevista para este sábado (20). 

Qualquer nova informação oficial será transmitida oportunamente. 

Obrigado pela compreensão.

Lula em Jundiaí neste sábado!

Dia 20/10, sábado, às 16 horas, LULA em Jundiaí!
No Clube Caxambu! Apoio a Pedro Bigardi e Durval Orlato!



Bigardi responde ataques com propostas para Jundiaí


Polícia Militar Muda Pra Campinas Atendimento 190

A Polícia Militar transferiu nesta quinta-feira (18) o atendimento do 190 de todas as ocorrências de Jundiaí para o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) de Campinas.
Ao ser atendido pelo 190 da Polícia Militar, usuários de Jundiaí terão seus atendimentos e ocorrências registrados pelos funcionários do Copom de Campinas, segundo informou o setor de relações públicas da PM.
O Copom em Campinas será responsável pela comunicação com os policiais de Jundiaí.
A mudança faz parte de uma série de medidas que, segundo a PM, visam agilizar o trabalho em Jundiaí. Na semana passada, todo o sistema de rádio da PM foi digitalizado para impedir que a comunicação fosse rastreada — o que frequentemente acontecia.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

26 sindicatos declaram apoio a Bigardi


Dirigentes de 26 sindicatos de Jundiaí declararam nesta terça-feira (16) apoio a candidatura de Pedro Bigardi à Prefeitura, durante encontro ocorrido na sede da Associação dos Aposentados.

Eliseu Silva Costa, presidente do nosso Sindicato comemorou a adesão de quase a totalidade dos sindicatos da cidade. “Isso mostra que o trabalhador quer um governo que lute pelos interesses da população e não de minorias”, disse. 


Os dirigentes decidiram pela elaboração de um manifesto de apoio à candidatura de Bigardi, que será entregue aos trabalhadores.
“É muito importante dialogarmos com a população na defesa do melhor projeto para Jundiaí. É o momento de tomarmos atitude para o bem da cidade”, comentou.


O candidato a vice-prefeito Durval Orlato disse que a população já definiu, no primeiro turno, as propostas e os nomes que quer para a cidade.
“Os mais de 100 mil votos alcançados comprovam que as pessoas confiam no Pedro como representante da cidade”, destacou. “É por isso que a oposição começou a apelar para a boataria”, explicou.


Agora, no segundo turno, a nossa oposição está reconhecendo que não tem chance e apelando para a boataria maldosa. Mas a atitude é tão apelativa e absurda que as pessoas estão percebendo isso e tendo cada vez mais a certeza de que Bigardi é o melhor candidato para a nossa cidade”, disse Durval. 


Um dos boatos que circulam pela cidade é que Pedro e Durval vão trazer pessoas que não foram eleitas nas cidades vizinhas para se juntar ao governo. 


O vereador eleito Gerson Sartori (PT) disse que um dos boatos é que Bigardi vai trazer pessoas de fora da cidade para a Prefeitura. “Temos pessoas muito competentes em nossa cidade. Eles estão desesperados”, comentou. 


Fábio Garcia, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), disse que o momento é muito importante para os estudantes e os trabalhadores: “Nós do movimento estudantil, juntamente com o movimento sindical, estamos mostrando a força do povo. Essa é uma mudança que queremos para Jundiaí”, disse o líder estudantil. 


Os dirigentes sindicais assumiram o compromisso de distribuírem o manifesto de apoio à Bigardi em suas categorias. Os bancários vão fazer mutirão no calçadão do centro da cidade.

Os sindicatos que declararam apoio a Bigardi são estes:


Metalúrgicos
Bancários
Gráficos
Alimentícios
Servidores Públicos Municipais
Aposentados
Rodoviários
Engenheiros
Servidores do INSS
Comerciários
Trabalhadores em Calçados e Vestuário
Auditores Fiscais
Mestres e Contramestres
Químicos
Trabalhadores e Servidores na Educação do Estado
Trabalhadores em Edifícios e Condomínios
Trabalhadores no Asseio e Conservação
Trabalhadores em Lavanderias
Trabalhadores em Conservação e Assistência Técnica
Trabalhadores em Institutos de Beleza e Cabeleireiros
Trabalhadores no Entretenimento e Casas de Diversão
Trabalhadores no Turismo
Trabalhadores Terceirizados
Trabalhadores Domésticos
Trabalhadores em Construção Civil
Trabalhadores em Vigilancia

Agora é Pedro Bigardi 65!

Pedro Bigardi tem compromisso de que obras e programas que já começaram não irão parar, pelo contrário serão executados de forma rápida e eficiente, pois hoje a maioria está muito devagar. Onde há dinheiro público investido não pode ocorrer desperdício, por isso não haverá ruptura, o que começou deve ser levado em frente, com qualidade. Além disso, serão realizadas muitas outras coisas que não estão sendo feitas, que estão no programa de governo, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), bases da guarda municipal, dentre outras.

É uma honra estar na campanha de Pedro Bigardi, que tem responsabilidade, maturidade e compromisso com a cidade de Jundiaí. Temos confiança para renovar!


domingo, 14 de outubro de 2012


A direita que ri extasiada


por Leandro Fortes, em CartaCapital
Tenho acompanhado nas redes sociais, desde cedo, e sem surpresa alguma, o êxtase subliterário de toda essa gente de direita que comemora a condenação de José Dirceu como um grande passo civilizatório da sociedade e do Judiciário brasileiro. Em muitos casos, essa exaltação beira a histeria ideológica, em outros, nada mais é do que uma possibilidade pessoal, física e moral, de se vingar desses tantos anos de ostracismo político imposto pelas sucessivas administrações do PT em nível federal.
Não ganharam nada, não têm nada a comemorar, na verdade, mas se satisfazem com a desgraça do inimigo, tanto e de tal forma que nem percebem que todas essas graças vieram – só podiam vir – do mesmo sistema político que abominam, rejeitam e, por extensão, pretendem extinguir.
José Dirceu, como os demais condenados, foi tragado por uma circunstância criada exclusivamente pelo PT, a partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, data de reinauguração do Brasil como nação e república, propriamente dita. Uma das primeiras decisões de Lula foi a de dar caráter republicano à Polícia Federal, depois de anos nos quais a corporação, sobretudo durante o governo Fernando Henrique Cardoso, esteve reduzida ao papel de milícia de governo. Foi esta Polícia Federal, prestigiada e profissionalizada, que investigou o dito mensalão do PT.
Responsável pela denúncia na Procuradoria Geral da República, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza jamais teria chegado ao cargo no governo FHC. Foi Lula, do PT, que decidiu respeitar a vontade da maioria dos integrantes do Ministério Público Federal – cada vez mais uma tropa da elite branca e conservadora do País – e nomear o primeiro da lista montada pelos pares, em eleições internas.
Na vez dos tucanos, por oito anos, FHC manteve na PGR o procurador Geraldo Brindeiro, de triste memória, eternizado pela alcunha de “engavetador-geral” por ter se submetido à missão humilhante e subalterna de arquivar toda e qualquer investigação que tocasse nas franjas do Executivo, a seu tempo. Aí incluída a compra de votos no Congresso Nacional, em 1998, para a reeleição de Fernando Henrique. Se hoje o procurador-geral Roberto Gurgel passeia em pesada desenvoltura pela mídia, a esbanjar trejeitos e opiniões temerárias, o faz por causa da mesma circunstância de Antonio Fernando. Gurgel, assim como seu antecessor, foi tutelado por uma política republicana do PT.
Dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, seis foram indicados por Lula, dois por Dilma Rousseff. A condenação de José Dirceu e demais acusados emanou da maioria destes ministros. Lula poderia, mas não quis, ter feito do STF um aparelho petista de alto nível, imensamente manipulável e pronto para absolver qualquer um ligado à máquina do partido. Podia, como FHC, ter deixado ao País uma triste herança como a da nomeação de Gilmar Mendes. Mas não fez. Indicou, por um misto de retidão e ingenuidade, os algozes de seus companheiros. Joaquim Barbosa, o irascível relator do mensalão, o “menino pobre que mudou o Brasil”, não teria chegado a lugar nenhum, muito menos, alegremente, à capa de um panfleto de subjornalismo de extrema-direita, se não fosse Lula, o único e verdadeiro menino pobre que mudou a realidade brasileira.
O fato é que José Dirceu foi condenado sem provas. Por isso, ao invés de ficar cacarejando ódio e ressentimento nas redes sociais, a direita nacional deveria projetar minimamente para o futuro as consequências dessas jurisprudências de ocasião. Jurisprudências nascidas neste Supremo visivelmente refém da opinião publicada por uma mídia tão velha quanto ultrapassada. Toda essa ladainha sobre a teoria do domínio do fato e de sentenças baseadas em impressões pessoais tende a se voltar, inexoravelmente, contra o Estado de Direito e as garantias individuais de todos os brasileiros. É esperar para ver.
As comemorações pela desgraça de Dirceu podem elevar umas tantas alminhas caricatas ao paraíso provisório da mesquinharia política. Mas vem aí o mensalão mineiro, do PSDB, origem de todo o mal, embora, assim como o mensalão do PT, não tenha sido mensalão algum, mas um esquema bandido de financiamento de campanha e distribuição de sobras.
Eu quero só ver se esse clima de festim diabólico vai ser mantido quando for a vez do inefável Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do PSDB, subir a esse patíbulo de novas jurisprudências montado apenas para agradar a audiência.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cláudio Miranda declara apoio a Pedro Bigardi!

Mais um grande apoio ao futuro PREFEITO PEDRO BIGARDI! Dr. Cláudio Miranda declara seu apoio! Vamos a luta, vamos mostrar que Jundiaí quer realmente RENOVAÇÃO!