quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sobre a sessão noturna...

 

Síntese da fala do Vereador Paulo Malerba na Audiência Pública do dia 20/02/2013, na Câmara Municipal de Jundiaí


Decorrente da vontade de renovação, expressa pela ampla maioria da população, a cidade de Jundiaí vive um novo momento político ao eleger Pedro Bigardi prefeito e diversos novos nomes à Câmara Municipal. Essa renovação pode ser entendida como uma vontade de transformação de costumes e práticas políticas, em busca especialmente de maior participação popular e gestão democrática do setor público. 

 Nessa direção, a primeira matéria que se apresenta institucionalmente em 2013 refere-se à mudança do horário das sessões da Câmara, passando-a para o período noturno. Esta tem sido uma reivindicação antiga de sujeitos sociais, dentre os quais o PT sempre foi protagonista. O projeto em discussão foi apresentado pela Mesa Diretora da Câmara, o que demonstra uma nova forma de se encarar a situação, onde a liderança do legislativo não se priva de colocar e se posicionar frente a este debate, chamando para si a responsabilidade. 

Nossa defesa sempre foi da Câmara aberta à população e, indubitavelmente, a sessão noturna ocorre quando a maior parte da população tem disponibilidade de horário para participar. Por isso, nos colocamos favoravelmente e sempre a defendemos. Além do horário, outro elemento importante de democracia no poder público é a tribuna livre, para que o cidadão use a palavra dentro da sessão para ponderar aspectos que considera importante na política do município. 

Parece-nos claro que a participação popular não ocorrerá automaticamente ao se mudar o horário para o período noturno. Nem todas as sessões ou projetos envolvem as pessoas da mesma maneira, portanto a presença poderá variar de acordo com a relevância e complexidade das discussões que a Casa Legislativa proporcionar, bem como com a sua capacidade de mobilizar as pessoas e trazê-las para o debate público. Essa responsabilidade de organizar e mobilizar a sociedade também recai sobre partidos e todos interessados na efetivação da cidadania e da participação. 

Um aspecto apresentado para discutir a viabilidade do projeto de alteração do horário, refere-se aos custos que isso acarretará aos cofres públicos, especialmente pelo pagamento de horas extras, já que a estrutura de funcionamento da Câmara é das 08h às 17 horas. O nosso entendimento é de que deve-se zelar para que o custo seja o menor possível, racionalizando o uso de pessoal e estrutura ao que for suficiente para o bom andamento dos trabalhos, contudo entendemos que todo dinheiro colocado para democratizar o poder público deve ser encarado como importante investimento social.


Por fim, a insegurança foi aventada como algo a ser pensado para viabilizar a presença de pessoas, já que o centro à noite pode ser perigoso, dado que costumo ser pouco frequentado. Na experiência das audiências públicas que passaram a ocorrer à noite desde 2010, não houve relatos de problemas relacionados à segurança pública. Ademais, existe a tradicional escola Gandra em frente à Câmara Municipal, onde diversos estudantes circulam diariamente pela região, sem que isso tenha ocasionado grandes preocupações com a segurança. Há a real possibilidade da sessão sendo noturna melhorar a frequência no centro da cidade, trazendo mais movimento e pessoas para essa nobre região de Jundiaí, que precisa ser valorizada no período noturno, como já foi em outros tempos. 

Toda mudança traz certos receios e possibilidades, acreditamos na necessidade da alteração do horário, como forma de ampliar a democracia, pois a presença física das pessoas, não apenas assistindo em suas casas ou lendo informações posteriores, faz toda a diferença no processo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Primeiro Mês...

Verificando obras da nova fase do Fazenda Grande

Em 1º. de Janeiro (terça), foi o dia da posse. Câmara cheia, companheiros e companheiras presentes. (Alguns nem beberam no dia anterior para festejar esse início de trabalho).

Sessão de Posse na Câmara

No dia seguinte fomos “tomar posse” do Gabinete. Conhecer rotinas, organizar expediente, iniciar a agenda de um mês que seria bastante intenso.

Logo na quinta (03), houve sessão extraordinária e assumimos a presidência da Comissão de Justiça e Redação.

Reuniões e visitas aos bairros
As semanas seguintes, foram repletas de reuniões. As reuniões com o poder executivo visaram estabelecer um fluxo adequado de informações, contatos, ouvir planos e compartilhar ideias e projetos. 
Com Daniela da Camara, Secretária de Planejamento e Meio Ambiente
As reuniões com líderes de sindicatos e associações de classe tinham como objetivo tomar pé das situações e somar esforços na luta pelos trabalhadores e trabalhadoras.
Na Associação de Moradores do Eloy Chaves
Também houve encontros com associações de bairro e a população. São reuniões com um cunho pedagógico para ambos. Aprendemos sobre a realidade das pessoas e seus conhecimentos e compartilhamos os caminhos para que elas alcancem alguns de seus anseios comuns.




Ficamos felizes, pois não deixamos de atender nenhuma das solicitações de reuniões ou encontros. Ao contrário, em muitos casos, tomamos a iniciativa e buscamos o diálogo.
Dois exemplos dos últimos anos...
Visitamos os bairros e vimos com tristeza o descaso com que a população foi tratada nos últimos anos. Destaco dois casos que evidenciam uma extrema falta de planejamento e cuidado humano da Prefeitura nos últimos anos.
Em dezembro, “inaugurou-se” uma “nova” UBS no Anhangabaú, uma contrapartida pela construção de um shopping na cidade. Aparentemente uma boa notícia. Seria boa se não fosse apenas aparente. O prédio – sem condições de uso, energia elétrica em 110w – foi inundado uma semana antes da inauguração. Segundo notícias, já ficará fechado alguns dias para reformas...
A pior notícia, na verdade, é que não ganhamos mais uma UBS, mas, sim perdemos a UBS Pitangueiras, que foi fechada e seus servidores/as deslocados para a “nova” UBS. A população dos bairros Jd. Cica, Vianelo e Bonfiglioli, em grande parte idosos/as, ficou sem UBS e sem possibilidades de transporte adequado à nova unidade. Recebemos das mãos de representantes da população um abaixo assinado, que foi encaminhado para a Secretaria competente.
Na UBS do Sarapiranga, Medeiros
Ainda sobre o atendimento básico de saúde, três grandes bairros da cidade foram ignorados nos últimos anos: Almerinda Chaves, Residencial Jundiaí e Novo Horizonte dependem de uma única UBS. Constatamos as dificuldades dos servidores/as em atender aquele excesso de pacientes: 33 mil cadastrados, enquanto a média de outras UBS da mesma região é de 10 mil. 
Uma boa notícia à população ao vetor Oeste é a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Jd. Novo Horizonte, prevista para este ano. Mesmo com a UPA, consideramos que ao menos uma UBS será necessária no curto prazo, pois, sabidamente, elas trabalharam com demandas diferentes: uma do atendimento básico e outra do atendimento emergencial.
Também solicitamos ações de curto prazo do Poder Executivo visando a tocante a minimização do impacto da extinção da UBS Pitangueiras e informações à Secretaria de Saúde quanto a responsabilização de quem recebeu a obra no Anhangabaú e ações para a solução do atendimento da população do Vianelo-Jd.Cica.

Dialogando com moradores/as do Residencial Jundiaí

Outras ações
Além das reuniões e visitas, houve um intenso trabalho de Gabinete, pois cada encontro levanta algumas demandas. Outras surgem por telefone, e-mails ou redes sociais. Foram mais de 100 atendimentos e encaminhamentos!
Ofícios solicitando informações e providências foram expedidos, como, por exemplo no caso da limpeza pública sistemática a algumas regiões da cidade, transporte público, saúde, planos de mobilidade urbana, entre outros.
Como já expressamos, não exerceremos um mandato clientelista ou utilitarista, onde o vereador apenas usa de seu acesso político para suprir necessidades pessoais. Queremos exercer um mandato participativo, consciente, de mobilização da população tanto para a solução de seus problemas e quanto para a apresentação de demandas ao legislativo e ao executivo.


Conselho do Mandato
Posse do Conselho do Mandato
Construindo um mandato que vai além de uma pessoa, estabelecemos um Conselho, composto por pessoas voluntárias das mais diversas áreas, chamadas a contribuir criticamente com o mandato.
A partir das reflexões da campanha e de um primeiro encontro ainda em dezembro de 2012, está sendo elaborado o Plano do Mandato, que será aprovado pelo Conselho ainda neste mês.
No dia 30/01, houve a posse do Conselho do Mandato, na Câmara, onde mais de 40 conselheiros e conselheiras assumiram o compromisso de planejar, acompanhar e avaliar o mandato.
Sinalizando a histórica luta do PT pela Tribuna Livre na Câmara, no Ato de Posse do Conselho a tribuna foi aberta aos conselheiros/as se manifestassem.
Conselho do Mandato na Câmara, dia 30/01/2013


Fim do recesso e início das Sessões Ordinárias
O mês de terminou com o início do estudo dos projetos apresentados na 1ª. Sessão Ordinária, dia 5 de fevereiro.
Presidindo a Comissão de Justiça e Redação, cada projeto apresentado à casa merecerá atenção especial e um parecer formal.
Como já havíamos compartilhado, queremos lutar para que a Câmara seja um espaço de reflexões de alto nível, debatendo os problemas de nossa sociedade com profundidade e interdisciplinariedade e atuando dentro do seu papel legislativo e político.
Contamos com a participação de todos compartilhando informações, sugestões e críticas.
Este é só o começo!
Durante a primeira sessão na Câmara, dia 05/02/2013

Fotos: Pedro Camargo