terça-feira, 25 de junho de 2013
Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante reunião com governadores e prefeitos de capitais
Palácio do Planalto, 24 de junho de 2013
Boa tarde a todos. Vamos dar início a essa reunião de governadores e prefeitos... Eu queria, primeiro, desejar bom dia a todos vocês, cumprimentar os queridos governadores e as queridas governadoras, as caras prefeitas e caros prefeitos.
Em primeiro lugar, eu quero agradecer a presença de vocês e o atendimento imediato a meu convite para debatermos o momento delicado em que vive o país. Mais do que um debate, estamos aqui para procurar e evidenciar, e apontar soluções. Buscamos respostas, todas elas republicanas e participativas aos problemas que inquietam e mobilizam o povo brasileiro.
Nos últimos anos, o Brasil vem passando por um inequívoco e ininterrupto processo, talvez o maior processo de mudança da nossa história. Nós combinamos estabilidade econômica e amplas liberdades democráticas com o crescimento econômico e geração massiva de empregos. Temos, possivelmente, a mais baixa taxa de desemprego do mundo.
Inovadoras políticas públicas permitiram a inclusão de 40 milhões de pessoas a um intenso processo de redução das desigualdades. O país deixou de ser governado apenas para 1/3 da população e passou a ser governado para toda a população.
Nessas condições, o Brasil criou um amplo mercado de consumo de massa e avançou na construção da cidadania. O povo está agora nas ruas, dizendo que deseja que as mudanças continuem, que elas se ampliem, que elas ocorram ainda mais rápido. Ele está nos dizendo que quer mais cidadania, quer uma cidadania plena. As ruas estão nos dizendo que o país quer serviços públicos de qualidade, quer mecanismos mais eficientes de combate à corrupção que assegurem o bom uso do dinheiro público, quer uma representação política permeável à sociedade onde, como já disse antes, o cidadão e não o poder econômico esteja em primeiro lugar.
É muito bom que o povo esteja dizendo tudo isso em alto e bom som.
Cabe a cada um de nós – presidenta, ministros, governadores, governadoras, prefeitas, prefeitos –, cabe a cada um de nós cumprir essa nova e decisiva dimensão da vontade popular.
Nós todos sabemos onde estão os problemas. Nós todos sabemos que podemos construir soluções. Mas também sabemos das incontáveis dificuldades para resolvê-los. Eu mesma tenho enfrentado, desde que assumi a Presidência, inúmeras barreiras, mas a energia que vem das ruas é maior do que qualquer obstáculo. Junto com a população podemos resolver grandes problemas. Não há por que ficarmos inertes, acomodados ou divididos.
Responsabilidade Fiscal
Por isso, companheiros, companheiras governadoras, companheiros governadores, prefeitas e prefeitos, eu trago propostas concretas e disposição política para construirmos pelo menos cinco pactos em favor do Brasil. O primeiro pacto é pela responsabilidade fiscal, para garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação. Esse é um pacto perene de todos nós. Essa é uma dimensão especialmente importante no momento atual, quando a prolongada crise econômica mundial ainda castiga, com volatilidade, todas as nações.
Reforma Política
O segundo pacto é em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie os horizontes da cidadania. Esse tema, todos nós sabemos, já entrou e saiu da pauta do país por várias vezes, e é necessário que nós, ao percebermos que, nas últimas décadas, ele entrou e saiu várias vezes, tenhamos a iniciativa de romper o impacto. Quero, nesse momento, propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita. O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado onde está.
Devemos também dar prioridade ao combate à corrupção, de forma ainda mais contundente do que já vem sendo feito em todas as esferas. Nesse sentido, uma iniciativa fundamental é uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como equivalente a crime hediondo, com penas severas, muito mais severas. Além disso, todas as esferas administrativas, de todos os poderes da República, devem se esforçar para agilizar a implantação plena da Lei de Acesso à Informação, que dá ao governante mais instrumentos de combate à corrupção e contribui para a participação da cidadania.
Saúde
O terceiro passo é na questão da Saúde. Quero propor aos senhores e às senhoras acelerar os investimentos já contratados em hospitais, UPAs e unidades básicas de saúde. Por exemplo, ampliar também a adesão dos hospitais filantrópicos ao programa que troca dívidas por mais atendimento e incentivar a ida de médicos para as cidades que mais precisam e as regiões que mais precisam.
Quando não houver a disponibilidade de médicos brasileiros, contrataremos profissionais estrangeiros para trabalhar com exclusividade no Sistema Único de Saúde.
Neste último aspecto, sei que vamos enfrentar um bom debate democrático. De início, gostaria de dizer à classe médica brasileira que não se trata, nem de longe, de uma medida hostil ou desrespeitosa aos nossos profissionais. Trata-se de uma ação emergencial, localizada, tendo em vista a grande dificuldade que estamos enfrentando para encontrar médicos, em número suficiente ou com disposição para trabalhar nas áreas mais remotas do país ou nas zonas mais pobres das nossas grandes cidades.
Sempre ofereceremos primeiro aos médicos brasileiros as vagas a serem preenchidas. Só depois chamaremos médicos estrangeiros. Mas é preciso ficar claro que a saúde do cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses.
O Brasil continua sendo um dos países do mundo que menos emprega médicos estrangeiros. Por exemplo, 37% dos médicos que trabalham na Inglaterra se graduaram no exterior. Nos Estados Unidos, são 25%. Na Austrália, 22%. Aqui no Brasil, temos apenas 1,79% de médicos estrangeiros. Enquanto isso, temos hoje regiões em nosso país em que a população não tem atendimento médico. Isso não pode continuar.
Sabemos mais que ninguém que não vamos melhorar a saúde pública apenas com a contratação de médicos, brasileiros e estrangeiros. Por isso, vamos tomar, juntamente com os senhores, uma série de medidas para melhorar as condições físicas da rede de atendimento e todo o ambiente de trabalho dos atuais e futuros profissionais. Ao mesmo tempo, estamos tocando o maior programa da história de ampliação das vagas em cursos de Medicina e formação de especialistas. Isso vai significar, entre outras coisas, a criação de 11 mil e 447 novas vagas de graduação e 12 mil e 376 novas vagas de residência para estudantes brasileiros até 2017.
Transporte Público
O quarto pacto se propõe a dar um salto de qualidade no transporte público nas grandes cidades, mudar a matriz desse transporte. Fazer mais metrôs, VLTs e corredores de ônibus. Avançar mais rápido em direção ao transporte público de qualidade e acessível. O governo federal já desonerou impostos, o que permitiu a redução das tarifas de ônibus em 7,23%, e 13,75% na tarifa do metrô e dos trens. Além disso, mantivemos congeladas as tarifas de metrô e trens operados pelo governo federal desde 2003. Desoneramos também o IPI para a compra de ônibus. Estamos dispostos, agora, a ampliar a desoneração do PIS/Cofins sobre o óleo diesel dos ônibus e a energia elétrica consumida por metrôs e trens. Esse processo pode ser fortalecido pelos estados e os municípios com a desoneração de seus impostos. Tenho certeza que as senhoras e os senhores estarão sensíveis a isso.
Além disso, decidi destinar mais R$ 50 bilhões para novos investimentos em obras de mobilidade urbana. Essa decisão é reflexo do pleito por melhoria do transporte coletivo no nosso país, onde as grandes cidades crescem e onde, no passado, houve a incorreta opção por não investir em metrôs. Só muito recentemente, nas últimas décadas, é que o metrô passou a ser um dos meios de transporte reconhecidos como sendo objeto da necessidade de investimento. Tenho certeza que nos últimos anos o Brasil tem tido um grande investimento na área de transporte coletivo urbano e temos muito orgulho de, junto com os governadores e os prefeitos, participarmos desse grande esforço.
O nosso pacto precisa, pois, assegurar também uma grande participação da sociedade na discussão política do transporte, uma maior transparência e controle social no cálculo das tarifas de ônibus. Para isso, estou criando o Conselho Nacional de Transporte Público, com participação da sociedade civil e dos usuários. A criação de Conselho semelhante nos municípios e regiões metropolitanas onde ainda não existem será extremamente importante.
Educação
Concluo com o Pacto da Educação Pública. Nenhuma nação se desenvolve sem alfabetização na idade certa e sem creches para a população que mais precisa, sem educação em tempo integral, sem ensino técnico profissionalizante, sem universidade de excelência, sem pesquisa, ciência e inovação. São condições essenciais para alcançar essas metas a formação, a valorização e bons salários para os educadores, e isso exige recursos.
Avançamos muito nas últimas décadas, para reverter o atraso secular da nossa educação, mas agora precisamos – vou repetir – de mais recursos. Por isso mesmo o meu governo tem lutado, junto ao Congresso Nacional, para que 100% dos royalties do petróleo e os recursos, 50% dos recursos do pré-sal, a serem recebidos pelas prefeituras, pelo governo federal, pelos municípios, e a parte da União, eu repito, sejam investidos na educação. Confio que os senhores congressistas aprovarão esse projeto que tramita no Legislativo com urgência constitucional.
Minhas amigas e meus amigos,
Eu coordenei e, nos últimos tempos, dei uma grande ênfase a essa questão da educação. Acredito que todos nós sabemos que isso transforma, esse esforço na educação, transforma um país em nação desenvolvida. Não houve nenhum país do mundo que não tivesse esse esforço concentrado na educação e que tivesse chegado à condição de país desenvolvido.
Por isso também gostaria de dizer aqui que, ao longo desse processo, essa tem sido uma questão que eu recebi muita simpatia de governadores e de prefeitos. Acredito que esse é um esforço que nós devemos fazer para que haja uma mudança significativa no curto, no médio e no longo prazos no nosso país.
Senhores governadoras, governadores, prefeitos e prefeitas,
Eu condenei e alertei, em rede nacional, na semana passada, que meu governo não vai transigir na manutenção da lei e da ordem, coibindo a ação de vândalos arruaceiros que tentam perturbar o caráter pacífico das manifestações.
Eu repito essa disposição perante os senhores e as senhoras e reafirmo meu compromisso de ajudá-los no que for necessário para garantirmos paz e tranquilidade às nossas cidades.
Mas quero repetir principalmente que meu governo está ouvindo a voz democrática, as vozes democráticas que saem e emergem das ruas e que pedem mudanças. É preciso saber escutar a voz das ruas. Só ela é capaz de nos impulsionar a andar ainda mais rápido.
É preciso que todos, todos mesmo, sem exceção, entendam esses sinais com humildade e acerto. Isso vale não apenas para nós, líderes de governos, mas igualmente para os brasileiros e brasileiras que estão em suas casas e também para aqueles que foram às ruas.
Se aproveitarmos bem o impulso dessa nova energia política, poderemos fazer mais rápido muita coisa. Cabe a nós saber retirar desse momento mais força para fazermos mais pelo Brasil e muito mais pelos brasileiros.
Antes de agradecê-los, a vocês a atenção e o fato de terem comparecido aqui, de forma tão deliberadamente empenhada na resolução dos problemas do nosso país, eu gostaria de pedir que dois ministros do meu governo fizessem rápidos esclarecimentos, sobre a questão da saúde, sobre a questão do transporte urbano coletivo. Desse pacto pela saúde e desse pacto pela questão da mobilidade urbana e pelo transporte coletivo de massa. E sugeriria, logo em seguida, que nós começássemos a nossa reunião e o nosso debate dando a palavra, por um tempo determinado, aos senhores governadores e prefeitos. Nós somos no mínimo 54 para falar, 27 governadores e 27 prefeitos. Aliás, 26 prefeitos, porque Brasília não tem prefeito. Então são 53.
E aí nós vamos ter que pensar em um tempo para que todos falem ou que pelo menos que tenha uma representação por região e pelos partidos que compõem aqui o grupo.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Paulo Malerba debate Impacto de Vizinhaça com a sociedade
Matéria publicada em 13/06/2013, Jornal de Jundiaí, p. 3 |
Realizamos ontem (12), no Plenarinho da Câmara Municipal de Jundiaí, o Debate Público sobre o Projeto de Lei nº. 11.295, da autoria do vereador Paulo Malerba, que visa proporcionar maior publicidade aos pedidos de empreendimentos que buscam se instalar no município de Jundiaí.
Conforme prescreve o Estatuto das Cidades: “Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.” Na lei atual a publicidade é prevista apenas no final do processo.
Em entrevista à Rádio Difusora, o vereador Paulo Malerba detalhou o projeto (ouça aqui a entrevista na íntegra), apresentando como principal objetivo, proporcionar aos cidadãos e cidadãs maior participação nos processos de EIV, desde a fase do pedido de instalação, momento no qual o projeto pode ser dispensado de fazer o Estudo.
Para que um debate?
O objetivo do debate é possibilitar à população e organizações civis envolvidas a oportunidade de dialogar com o autor e demais participantes, discutindo e propondo alterações que, se aprovadas na reunião, passam a compor emenda ao projeto.
Mais do que apenas ouvir, o debate possibilita a construção participativa da lei, como o que ocorreu no caso da Tribuna Livre, no qual diversas sugestões apresentadas na reunião foram incorporadas ao projeto e agora compõem a norma em vigor.
Além da divulgação na grande imprensa e nas redes sociais, foram convidadas entidades da sociedade civil e órgãos envolvidos no Poder Executivo, como a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e a Secretaria de Transportes.
Vereador Paulo Malerba em debate sobre o alteração na lei do EIV |
Principais aspectos do debate
Contamos com a presença do Presidente da OAB em Jundiaí, Dr. Airton Bressan, Dra. Argene Silva, também da OAB, Sérgio Dutra, Diretor da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Marcos Boriero e Carolina Vitti, da SEMADS, entre outros participantes.
Uma das preocupações do Dr. Airton, referia-se à possível interferência da lei na iniciativa privada. Aprofundando o conhecimento sobre a atual lei e a alteração proposta pelo vereador, todos concluíram que ela não interfere na iniciativa privada ou dificulta o processo de liberação dos pedidos, apenas proporciona transparência e maior controle da sociedade nesta importante fase do processo.
Em correspondência, o Eng.Civil Antonio Luiz Bandini, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo-Jundiaí, informou que a entidade local manifesta apoio à integralidade do projeto.
Um projeto mais amplo
Com vistas a aperfeiçoar o projeto, Paulo Malerba havia dialogado com a Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, o que proporcionou o convite para o vereador integrar o grupo que prepara uma revisão mais ampla da lei que regulamenta o EIV.
Esta será a oportunidade de ampliar ainda mais a discussão e participação da sociedade deste a elaboração da lei até a sua execução.
Além dos aspectos legais, um ponto importante que necessita ser trabalhado junto ao Executivo refere-se a ampliação da equipe de análise dos pedidos e processos.
O Projeto está apto à apreciação na Câmara. Todos podem acompanhar a tramitação clicando aqui. Envie também seus comentários e sugestões neste Blog ou pelo e-mail: paulomalerba@camarajundiai.sp.gov.br.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Vereador Paulo Malerba propõe Lei sobre Estudo de Impacto de Vizinhaça
O presente Projeto de Lei surgiu da necessidade de se proporcionar maior participação pública nos processos de empreendimentos que visem se estabelecer no município.
Nas próximas semanas, o vereador Paulo Malerba convidará a população e a sociedade civil organizada para um debate público sobre o tema, a partir do qual o projeto poderá ser aprimorado.
Para conhecer mais sobre o tema, leia na íntegra o Projeto de Lei e a sua Justificativa, abaixo ou clique aqui para baixá-lo em .pdf
Participe da discussão comentando aqui no Blog!
PROJETO DE LEI N°. 11.295
(Paulo Eduardo Silva Malerba)
(Paulo Eduardo Silva Malerba)
Altera a Lei 7.763/11, que regulou o Estudo de Impacto de Vizinhança -Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV-RIV), para prever publicidade de documentos relativos ao processo respectivo.
Art. 1º. O art. 5º. da Lei nº. 7.763, de 18 de outubro de 2011, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:
“Art. 5º. (…)
(…)
§ __. Ementa do relatório preliminar será publicada na Imprensa Oficial do Município e o relatório será disponibilizado, na íntegra, para consulta na página virtual da Prefeitura do Município de Jundiaí, na Internet.
§ __. A decisão da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, sobre necessidade de apresentação do EIV/RIV ou sua dispensa, será publicada na Imprensa Oficial do Município e na página virtual da Prefeitura do Município de Jundiaí, na Internet, podendo ser contestada por qualquer interessado no período de 15 (quinze) dias corridos, contato da data da publicação na Imprensa Oficial do Município." (NR)
Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
O princípio republicano sobre o qual se assenta o nosso sistema
político democrático garante a prevalência dos interesses
coletivos sobre os interesses privados. A garantia da propriedade - e
seu uso para fins privados - deve atender à função social e não
se opor ou criar dificuldades ao interesse geral da coletividade.
A gestão pública que pretende alcançar o bem da coletividade deve
se pautar nos conhecidos preceitos: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, como forma de assegurar o
exercício republicano e democrático de suas atividades.
Um dos instrumentos fundamentais no planejamento urbano e
consequentemente do bem estar da população é o Estudo de Impacto
de Vizinhanças, previsto no Estatuto das Cidades (Lei Federal nº.
10.257, de 10 de julho de 2001) e regulado, em nossa cidade, pela Lei
nº. 7.763, de 18 de outubro de 2011.
Tanto o Estudo de Impacto de Vizinhança-EIV como o Relatório de
Impacto de Vizinhança-RIV subsidiam o licenciamento de
empreendimentos ou atividades, públicas ou privadas, que na sua
instalação ou operação possam causar impacto ao meio ambiente,
sistema viário, entorno ou à população em geral.
Em consonância com o art. 5º. do inciso XXXIII da Constituição
Federal, regulamentado pela Lei Federal nº. 12.527, de 18 de
novembro de 2011, o Estatuto das Cidades determina, no Parágrafo
Único do Art. 37: “Dar-se-á publicidade aos documentos
integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão
competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.”
O presente projeto de lei visa publicizar os pedidos de licença de
novos empreendimentos em nossa cidade em sua fase inicial com vistas
a um maior controle sobre os empreendimentos que foram dispensados de
apresentação do EIV/RIV, bem como maior tempo para avaliação e
análise das ações compensatórias ou mitigatórias que serão
exigidas pela Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente.
Um dos principais objetivos da publicidade nestes casos, é
proporcionar à população a oportunidade de acompanhar e, se
necessário, intervir nos processos de licenciamento quanto ao
interesse público. Da mesma forma, quanto maior transparência,
menor possibilidade de desvios no atendimento do interesse
republicano na liberação de licenças.
Esta exigência é contemplada apenas parcialmente pela Lei Municipal
supracitada mediante o Parágrafo 5º. do Art. 6º., prevendo a
publicação do parecer conclusivo e do RIV num estágio avançado do
processo.
O presente projeto de lei tem como objetivo sanar esta lacuna
mediante a publicação do relatório
preliminar e a análise da Secretaria de Planejamento e Meio
Ambiente, abrangendo todos os pedidos de licença enquadrados
na Lei 7.763 e possibilitando maior acesso da população desde o
início do processo de licenciamento.
Cabe destacar que o projeto não intervêm na reserva de iniciativa
do Executivo, pois não fere quaisquer princípios do Art. 46. da Lei
Orgânica do Município, já que busca apenas proporcionar
transparência a documentos públicos.
Ao prever a publicidade na Imprensa Oficial e no site da Prefeitura
na rede o projeto está de acordo com o Art. 50. da LOM, pois não
proporciona aumento de despesas ou necessidade de previsão
orçamentária, já que a alimentação dos referidos meios de
comunicação consta em orçamento anual da Prefeitura.
Consideramos, portanto, que o presente projeto contribui para
esclarecer um aspecto necessário em nosso município: a existência
e o impacto de empreendimentos e atividades, bem como fiscalização
pública das ações compensatórias e/ou mitigatórias, comumente
chamadas “contrapartidas”, garantindo transparência e mecanismos
de controle por parte da população.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Tribuna Livre: o microfone está aberto...
Hoje (05), iniciam-se as inscrições aos participantes da Tribuna Livre para a próxima Sessão Ordinária, que ocorre no dia 11/06.
Ao elaborarmos o projeto buscamos garantir que qualquer eleitor ou eleitora da cidade possa participar deste instrumento. Consideramos ainda que representantes de entidades da sociedade civil organizada com sede no município também deveriam ter esta oportunidade. E assim o projeto da Bancada do PT foi aprovado.
O objetivo da Tribuna é proporcionar um espaço no qual a população possa apresentar temas relevantes à sua realidade no contexto em que todos os vereadores estão reunidos. Serão até três participações semanais, com cinco minutos cada, prorrogáveis no caso de haver menos que três inscritos.
Pode parecer pouco tempo ou participações, entretanto, quando levamos em conta que a Sessão é transmitida ao vivo pelo canal 6-NET e pela internet, trata-se de um espaço onde não apenas os presentes na Câmara, mas grande parte da população tem acesso a estas informações, sendo, escassas as oportunidades de um cidadão ou cidadã se expressar livremente para um público tão amplo.
Além da oportunidade de voz, um aspecto relevante é a educação política e democrática proporcionada pela Tribuna. Vereadores são eleitos para representar a população, mas é fundamental o acompanhamento cotidiano da própria população nos trabalhos parlamentares.
A Tribuna Livre estimula maior interesse na vida política da cidade, possibilitando à Câmara um aprimoramento, seja mediante críticas, sugestões ou reflexões e à população uma oportunidade de contribuir ainda mais para o desenvolvimento da democracia em nossa cidade.
Mais informações sobre como se inscrever, no link: http://www.camarajundiai.sp.gov.br/cmjnet/content/view/1938/1/
Como publicamos em outro espaço: "Cabe à Câmara possibilitar esta abertura à população. Caberá aos cidadãos e cidadãs ocuparem este espaço, contribuindo para a democracia em nossa cidade."
Votações - Junho
Foto: Pedro Camargo |
Confira como votou o Vereador Paulo Malerba nas sessões de Junho da Câmara Municipal de Jundiaí:
21ª Sessão Ordinária – 25/06/2013 | |||
Proposituras | Voto Vereador Paulo Malerba |
Resultado | |
1. PROJETO DE LEI N.º 11.298/2013 – Assegura a pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência visual embarque e desembarque dos ônibus fora dos pontos de parada. | SIM | Aprovado | |
2. PROJETO DE LEI N.º 11.295/2013 - PAULO EDUARDO SILVA MALERBA - Altera a Lei 7.763/11, que regulou o Estudo de Impacto de Vizinhança - Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV-RIV), para prever publicidade de documentos relativos ao processo respectivo. (ADIADO PARA A SESSÃO ORDINÁRIA DE 27/08/2013) | Adiado | ||
3. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.º 894/2009 - Altera o Código de Obras e Edificações, para prever, na edificação destinada a condomínio vertical, cobertura vegetal ("telhado verde"). | SIM | Aprovado | |
4. PROJETO DE LEI N.º 11.279/2013 - PREFEITO MUNICIPAL - Autoriza subvenções sociais no exercício de 2013. | Adiado | ||
5. PROJETO DE LEI N.º 11.015/2011 – Autoriza publicação gratuita de balancetes financeiros de entidades assistenciais na Imprensa Oficial do Município-IOM. | Não | Rejeitado | |
6. PROJETO DE LEI N.º 11.128/2012 - Veda cessão de uso de próprios públicos a entidades privadas e a particulares para promoção de eventos com fins lucrativos. | Não | Aprovado | |
7. PROJETO DE LEI N.º 11.263/2013 – Altera a Lei 4.522/95, que prevê cadeiras de rodas nos locais que especifica, para acrescentar escolas. | Adiado | ||
8. PROJETO DE LEI N.º 11.275/2013 – PREFEITO MUNICIPAL - Inclui a ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE CULTURAL DE JUNDIAÍ-ABCJ no anexo da Lei 6.561/05, que autorizou convênios com entidades assistenciais, para transferência de recursos para execução de programas de atendimento à criança e ao adolescente. | Adiado | ||
9. MOÇÃO N.º 39/2013 – Apoio ao Conselho Nacional de Justiça pela execução de projeto de diagnóstico, desenvolvimento e fortalecimento dos Judiciários estaduais. | Ausente | Aprovada | |
10. MOÇÃO N.º 40/2013 - Apelo pela aprovação do Projeto de Lei n.º 21/2011, do Deputado Federal Delegado Protógenes (PCdoB SP), que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública direta, indireta ou fundacional, e dá outras providências. | Adiada |
20ª Sessão Ordinária – 18/06/2013 | |||
Proposituras | Voto Vereador Paulo Malerba |
Resultado | |
1. PROJETO DE LEI N.º 11.264/2013 - Denomina "Rua JOSÉ ANZOLIN" a Rua 2 do Jardim Gramadão II. | SIM | Aprovado | |
2. PROJETO DE LEI N.º 11.268/2013 – Denomina "Rua CYBELLE TERESA CAROSSI NASCIMENTO" a Rua 2 do Jardim Gramadão I. | SIM | Aprovado | |
3. PARECER CONTRÁRIO AO PROJETO DE LEI N.º 11.301/2013 - Prevê Psicólogo em toda unidade de saúde. | SIM | Parecer Rejeitado | |
4. VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI N.º 11.033/2011 – Autoriza descarte ecológico de equipamentos eletrônicos abandonados nas assistências técnicas. | Ausente | Veto Rejeitado | |
5. PROJETO DE LEI N.º 10.888/2011 – Inclui no Calendário Municipal de Eventos o Dia de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro). | Presidindo a Sessão* | Aprovado | |
6. PROJETO DE LEI N.º 11.031/2011 – Prevê sinalização horizontal de velocidade máxima permitida nas vias onde estiverem instalados radares de fiscalização de velocidade. | Adiado | ||
7. MOÇÃO N.º 37/2013 – Apoio ao Projeto de Lei do Senado-PLS n.º 5.021/2013, de autoria da Senadora Ana Rita (PT-ES), que autoriza o Poder Executivo a conceder subvenções econômicas a agricultortes e empreeendedores rurais e familiares que adotarem práticas de conservação ao Meio Ambiente. | Ausente | Aprovada | |
8. PROJETO DE LEI N.º 11.310/2013 - Institui e inclui no Calendário Municipal de Eventos o "DIA MUNICIPAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA" (15 de junho). | Presidindo a Sessão* | Aprovado | |
9. MOÇÃO N.º 38/2013 – Apoio ao Projeto de Lei n.° 471/2012, do Deputado Estadual Carlos Cezar (PSB), que institui o programa Lições de Primeiros Socorros na educação básica da rede escolar em todo o Estado de São Paulo. | SIM | Aprovada | |
* Assumiu a Presidência da Sessão, por isso não votou, conforme Regimento Interno. |
19ª Sessão Ordinária – 11/06/2013 | ||
Proposituras | Voto Vereador Paulo Malerba |
Resultado |
1. MOÇÃO N.º 36/2013 - Apelo ao Poder Público Federal no sentido de estabelecer uma política de Estado que contemple democraticamente a construção de uma educação laica pública, ampla e irrestrita a todos os cidadãos brasileiros. | SIM | Aprovada |
2. PROJETO DE LEI N.º 11.306/2013 - PREFEITO MUNICIPAL - Altera o PPA 2010/2013 e a LDO 2013, para instituir subsídio à tarifa do serviço público de transporte coletivo; e autoriza crédito orçamentário correlato (R$ 4.115.930,00). | SIM | Aprovado |
3. PROJETO DE LEI N.º 11.255/2013 - Institui e inclui no Calendário Municipal de Eventos a "SEMANA DA DOAÇÃO DE SANGUE" (semana do dia 25 de novembro). | SIM | Aprovado |
4. PROJETO DE LEI N.º 10.888/2011 - Inclui no Calendário Municipal de Eventos o Dia de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro). | Adiado | |
5. PROJETO DE LEI N.º 11.075/2012 – Exige o símbolo da "SAF BRASIL" no rótulo dos vasilhames de bebidas alcoólicas. | Não | Rejeitado |
6. PROJETO DE LEI N.º 11.109/2012 – Regula a oferta de "couvert" por restaurantes e similares. | Não | Rejeitado |
7. PROJETO DE LEI N.º 11.262/2013 – Institui a Campanha "UM DIA SEM CARRO" (22 de setembro). | SIM | Aprovado |
8. PROJETO DE LEI N.º 11.274/2013 - PREFEITO MUNICIPAL - Autoriza convênio da Fundação Municipal de Ação Social-FUMAS com a Caixa Econômica Federal, para execução de trabalho social no Programa Nacional de Habitação Urbana com os beneficiários do Residencial Videiras. | Adiado | |
9. MOÇÃO N.º 35/2013 – Apoio ao Projeto de Lei do Senado n.º 221/2010, do Senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que altera a Lei n.º 9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, para estabelecer condições de circulação a veículos de transporte coletivo de passageiros. | SIM | Aprovada |
18ª Sessão Ordinária – 04/06/2013 | ||
Proposituras | Voto Vereador Paulo Malerba |
Resultado |
1. VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI Nº. 11.114/2012 - Prevê, em estacionamentos comerciais, sistema de cobrança fracionada pelo tempo de permanência dos veículos | SIM | Veto Rejeitado |
2. VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI Nº. 11.023/2011 – Veda cobrança de estacionamento por estabelecimentos de saúde, para clientes atendidos. | SIM | Veto Mantido |
3. PROJETO DE LEI Nº. 11.229/2013 – Prevê fiscalização do uso de vaga reservada a idoso e deficiente físico em estabelecimento comercial. | SIM | Aprovado |
4. PROJETO DE LEI Nº. 11.244/2013 – Inclui no Calendário Municipal de Eventos a "SEMANA MUNICIPAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL" (última semana de abril). | SIM | Aprovado |
5. MOÇÃO Nº. 34/2013 – Apoio à Ordem dos Advogados Brasil-OAB pela efetiva e pronta intervenção em favor do pagamento dos precatórios no Estado de São Paulo. | Ausente | Aprovada |
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