Neste sábado, dia 29, faremos uma carreata no Medeiros, a partir das 10 horas. Ponto de encontro: Rua da Feira / Campo de Futebol. Conto com a presença de todos!
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Entrevista na TV Tem mostra capacidade de Bigardi
Em entrevista à TV Tem na tarde desta quarta-feira (26), Pedro Bigardi mostrou toda a sua experiência e comprometimento com a cidade de Jundiaí. Bigardi teve oito minutos para responder às perguntas do jornalista Daniel Schafer.
A primeira questão feita ao candidato foi sobre o trânsito da cidade. Perguntado sobre as soluções para melhorar o planejamento da cidade, Bigardi apresentou proposta concretas. “Hoje você constrói prédios em todos os lugares, sem um planejamento efetivo – isso vem acontecendo nos últimos dez anos na cidade de Jundiaí. Então precisa mudar o planejamento, rever as normas na cidade, o Plano Diretor, e ver a capacidade de investimento de cada bairro e a capacidade de suporte para absorver novos empreendimentos habitacionais”, afirmou.
A falta de um projeto de sistema viário foi outro ponto apresentado por Bigardi. "Não temos hoje um projeto do sistema viário e os investimentos feitos nos últimos 12 anos são muito poucos. Nós temos um único viaduto, três pontes, isso é muito pouco para o porte de Jundiaí, com a força e o orçamento de Jundiaí. O Poder Público tem que fazer investimentos em áreas estratégicas: entrada da cidade, no trevo, as alças da Nove de Julho, investimentos de passagem sobre o rio Jundiaí, sobre a ferrovia. Esses investimentos precisam ser feitos, e nós vamos fazer no nosso governo”, ressaltou.
Bigardi falou também das parcerias com o Governo Federal, que garantirão o fim da fila de espera das creches e o fato de não existirem pedidos de parcerias como essas por parte da administração atual da cidade. "Jundiaí teria direito a trazer para a cidade sete novas creches através desse programa, mas não apresentou nenhum projeto em Brasília. Nós vamos apresentar o projeto em Brasília, trazer estes investimentos. O Governo Federal constrói a creche através de um recurso de R$ 1,3 milhão e faz funcionar a creche durante um ano. Depois, faz um repasse complementar.”
Ainda sobre a Educação Bigardi falou do incentivo ao ensino superior, com a criação do programa ProUni Municipal e a instalação de uma Universidade Federal em Jundiaí. “Nós estamos fazendo uma análise da possibilidade de trazer uma universidade pública para cá e é plenamente possível, só que o município precisa fornecer um terreno, buscar uma parceria com o Governo Federal, para que esse processo se agilize. Nós temos totais condições de trazer para cá uma universidade pública, que significa não só o acesso ao ensino gratuito, público, mas também ciência, tecnologia, desenvolvimento econômico."
A agilidade na área da Saúde foi outro ponto levantado pelo entrevistador, a quem Bigardi respondeu de forma direta. “Existe muita espera por consultas, remédios, especialistas, há realmente uma grande reclamação na cidade. Nós temos que mudar primeiro colocando mais especialistas na rede. A construção das Unidades de Pronto Atendimento Segundo, nós temos que mudar o sistema, criar as Upas, Unidades de Pronto Atendimento, que é um programa do Governo Federal, é um mini-hospital, funcionando 24 horas nas regiões da cidade."
Sobre a falta de incentivo aos profissionais de Saúde Bigardi apresentou o que considera como o grande problema da administração de Jundiaí, a inversão de prioridades. "Isso não pode ser o caso de Jundiaí, que tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão, que pode aplicar mais na saúde, se aplicar corretamente. Hoje, por exemplo, nós aplicamos R$ 25 milhões em propaganda na cidade, e esse dinheiro podia ser aplicado em contratação de médicos especialistas para atender a população da cidade."
Por fim Bigardi agradeceu a oportunidade e mostrou por que é o melhor candidato para governar Jundiaí. "Eu queria agradecer a oportunidade de estar com vocês aqui e dizer que eu me sinto muito preparado, com muita maturidade pela minha experiência de vida, quase 35 anos de serviço público, para governar Jundiaí. Eu gostaria muito de governar Jundiaí, porque é minha cidade, a cidade onde eu aprendi, criei toda a minha vida, minha família, e gostaria de dar a ela, neste momento especial da minha vida, um grande governo."
Dá para avançar muito em muitas áreas e eu tenho plena convicção que Jundiaí pode ser muito melhor. É uma cidade boa, mas pode ser muito melhor com os recursos que tem, com o orçamento. O que falta é prioridade, olhar mais para os bairros da cidade, investir mais nos bairros da cidade e ter um governo mais participativo, mais presente junto à comunidade.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Plenária da vitória, com Pedro Bigardi e Durval Orlato
Aconteceu hoje, quarta-feira 26 na Associação dos Aposentados, a plenária da vitória da campanha de Pedro Bigardi e Durval Orlato, com a presença de todos os candidatos a vereador da coligação e dos apoiadores. O clima foi de muita alegria e energia agora nesta reta final de campanha que precisa contar com a participação e o apoio de todos!
ESTÁ CHEGANDO A HORA DA DECISÃO!
Estamos a 12 dias das eleições! Agora é foco total para a
vitória!
Quero pedir a todos/as a disponibilidade nesse final de semana
e no próximo (já o das eleições, inclusive no dia, para ajudar a fiscalizar)!
Agora precisamos de força máxima! Passarei a agenda detalhada dos próximos dias
e peço a participação de todos! Já deixem marcado, carreata no sábado, dia
29/09! Às 10 horas!
É hora de entrar em contato com todas as pessoas com
quem conversamos, mandar e-mail para todo mundo, entregar cartão, colocar na
rede social, falar no trabalho, com os vizinhos, etc... Esse momento é
decisivo! Não podemos deixar passar nada!
Quem está junto na campanha do Pedro Bigardi, convido também
para a plenária de hoje, quarta-feira, 26/09, às 19h30, na Associação dos
Aposentados. Estaremos todos os candidatos, dirigentes, militantes e
simpatizantes... É hora de organizar os últimos dias!
Estou à disposição para quaisquer ideias, dúvidas,
sugestões..
Abraços!
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Festival de cinema de Brasília tem doze filmes na busca pelo Candango de Ouro
Na segunda-feira (17) começou a 45ª edição do Festival de Brasília, o mais antigo do país, com uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Brasília e uma sessão do filme "A Última Estação", do brasiliense Márcio Curi. Nesse ano, o festival conta com 12 filmes concorrendo ao prêmio principal do evento, o cobiçado Candango de Ouro.
Entre os seis concorrentes de longa-metragem de ficção, estão produções de diretores estreantes, como Daniel Aragão ("Boa sorte, meu amor"), e de novas produções de diretores consagrados, caso de Marcelo Gomes ("Era uma vez eu, Verônica") e Lucia Murat ("A memória que me contam").
Também estão na disputa, "Eles voltam", de Marcelo Lordello; "Esse amor que nos consome", de Allan Ribeiro; e "Noites de Reis", de Vinicius Reis. Já na categoria melhor longa-metragem documentário, há filmes de Gabriel Mascaro ("Doméstica"), Petra Costa ("Eterna"), Karla Holanda ("Kátia"), Joel Pizzini ("Olho Nu"), Cao Guimarães ("Otto") e Ana Johann ("Um filme para Dirceu").
O homenageado do ano é o crítico, professor e escritor Paulo Emilio Salles Gomes, cuja obra será debatida num seminário que pretende passar a limpo o passado do cinema brasileiro, principalmente pela obra mais conhecida dele, "Cinema: trajetória no subdesenvolvimento". Já entre os realizadores de olho no futuro, estão inscritos 18 curtas-metragens, divididos em ficção, documentário e animação.
domingo, 23 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Com Bigardi prefeito, ministro da Educação garante que creches e Universidade Pública serão construídas em Jundiaí
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esteve em Jundiaí nesta sexta-feira (21) para um almoço com candidatos Pedro Bigardi (prefeito) e Durval Orlato (vice). Diversos estudantes prestigiaram o encontro, que serviu também para reafirmar o apoio de Mercadante à candidatura de Bigardi e garantir a construção de novas creches e da universidade pública na cidade com recursos do Governo Federal.
Segundo o ministro, a experiência de Pedro Bigardi será um diferencial para que a vinda de uma universidade pública finalmente se concretize em Jundiaí. “Eu tenho a absoluta certeza de que com Bigardi na Prefeitura, nós vamos trabalhar nesta direção. Ele tem experiência administrativa, vivência política, sabe quanto é importante atuar com o Governo do Estado e com o Governo Federal para cuidar das pessoas e conquistar mais investimentos para a cidade."
Ainda conforme Mercadante destacou, um dos fatores que mais interferem na construção da universidade federal em Jundiaí é a morosidade da administração municipal. “Precisa haver parcerias. Não podemos ter os partidos políticos acima do interesse dos estudantes", explicou. "Essa vontade política tem que estar presente, com uma iniciativa concreta."
Bigardi agradeceu a confiança de Mercadante. “Temos o compromisso de montar uma equipe muito qualificada, que fará os projetos necessários para as parcerias com o Governo Federal, tanto na questão das creches quanto para a vinda da Universidade Pública.”
Mercadante ainda falou sobre o programa federal de novas universidades em todo o País, especialmente na capital paulista. “O Governo Dilma vai construir novos campus e universidades. Em São Paulo, estes equipamentos custeados pela União eram muitos reduzidos, mas já expandiram bastante. Mesmo assim, ainda temos uma grande demanda”.
Investimentos estão à espera de projetos
O ministro da Educação Aloizio Mercadante ainda afirmou que muitas parcerias com o Governo Federal estão disponíveis para os municípios, mas que atualmente o interesse de Jundiaí tem sido pequeno.
“O Ministério da Educação tem feito uma série de ofertas à cidade, como por exemplo, a construção de creches. Ofertamos também aos municípios 11 quadras esportivas para as escolas e o Programa Mais Educação, que pretende fazer com que 32 mil escolas no Brasil tenham 7 horas de aula e não apenas quatro. Em nenhum desses casos, Jundiaí manifestou interesse”, afirmou.
Segundo Mercadante, poucos projetos foram requisitados pela atual gestão. “O único projeto que eles manifestaram interesse nós cumprimos, que são os projetores digitais, já instalados nas salas de aulas. Das sete creches que ofertamos, Jundiaí manifestou o pedido de apenas uma até agora, que está em processo”.
Carreata no Eloy Chaves e Fazenda Grande
Eu e meu valoroso grupo de apoiadores realizamos uma carreata nos bairros Eloy Chaves e Fazenda Grande neste sábado, 22 de setembro. Rumo à vitória!
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Rendimento do trabalhador brasileiro cresce e distância entre pobres e ricos diminui
- Vitor Abdala, Repórter da Agência Brasil
O rendimento médio mensal real do trabalhador brasileiro cresceu 8,3% entre 2009 e 2011. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada nesta sexta-feira 21 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor chegou a 1.345 por mês.
Os maiores aumentos no rendimento foram registrados nas regiões Nordeste (10,7%) e Centro-Oeste (10,6%), sendo esta última a que concentra o maior valor do país: 1.624 reais. Já a Nordeste, apesar do crescimento, continuou sendo a que apresenta o pior rendimento médio: 910 reais. Além disso, segundo a Pnad, os rendimentos registraram maior crescimento entre os mais pobres. A parcela dos 10% mais pobres da população teve o maior aumento (29,2%), enquanto o 1% mais rico teve 4,3% de crescimento. Com isso, a diferença entre os dois estratos populacionais caiu, apesar de continuar grande.
De acordo com a pesquisa, a média dos rendimentos dos mais ricos era 87 vezes maior do que a dos mais pobres, em 2011. Em 2009, a proporção era 107. “A gente observa que os maiores aumentos aconteceram, de forma geral, nas classes de rendimento mais baixo. Isto é, as pessoas que recebiam menos tiveram mais ganhos do que aquelas que recebiam mais. Isso tem um reflexo direto no índice de concentração de rendimentos, que a gente mede por meio do índice de Gini. Quase todas as regiões do país tiveram redução desse índice”, disse a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.
O índice de Gini varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade na distribuição de renda na região. O índice brasileiro caiu de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011. “Isso vem acontecendo nos últimos anos principalmente em virtude dos elevados aumentos do salário mínimo. O salário mínimo puxa a parte de baixo [dos estratos de renda]. Embora o salário daquele pessoal mais pobre nem chegue a um salário mínimo, ele serve como referência e puxa um aumento para cima”, diz Fernando de Holanda, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda do índice de Gini ocorreu em quatro regiões brasileiras. A exceção foi a Norte, onde a média do rendimento dos mais pobres se afastou da dos mais ricos. No Norte, o índice subiu de 0,488 para 0,496, mostrando que a desigualdade na distribuição de renda aumentou. A Pnad mostrou ainda que as diferenças de rendimento entre homens e mulheres persistem no país, apesar de terem diminuído entre 2009 e 2011. O rendimento médio das mulheres, em 2011, foi 997, ou seja, 70,4% da média recebida pelos homens (1.417 reais).
Em 2009, o valor recebido pelas mulheres representava apenas 67,1% do rendimento masculino. Na avaliação por categorias de emprego, os militares e empregados públicos estatutários tinham rendimento médio de 2.289 reais, enquanto o dos trabalhadores domésticos sem carteira assinada era 424 reais. Nas demais categorias, os rendimentos observados pela Pnad foram: empregados com carteira assinada (1.303) reais, empregados sem carteira assinada (829 reais) e trabalhador doméstico com carteira assinada (reais 693).
Edição: Juliana Andrade e Lílian Beraldo
O rendimento médio mensal real do trabalhador brasileiro cresceu 8,3% entre 2009 e 2011. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada nesta sexta-feira 21 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor chegou a 1.345 por mês.
Os maiores aumentos no rendimento foram registrados nas regiões Nordeste (10,7%) e Centro-Oeste (10,6%), sendo esta última a que concentra o maior valor do país: 1.624 reais. Já a Nordeste, apesar do crescimento, continuou sendo a que apresenta o pior rendimento médio: 910 reais. Além disso, segundo a Pnad, os rendimentos registraram maior crescimento entre os mais pobres. A parcela dos 10% mais pobres da população teve o maior aumento (29,2%), enquanto o 1% mais rico teve 4,3% de crescimento. Com isso, a diferença entre os dois estratos populacionais caiu, apesar de continuar grande.
De acordo com a pesquisa, a média dos rendimentos dos mais ricos era 87 vezes maior do que a dos mais pobres, em 2011. Em 2009, a proporção era 107. “A gente observa que os maiores aumentos aconteceram, de forma geral, nas classes de rendimento mais baixo. Isto é, as pessoas que recebiam menos tiveram mais ganhos do que aquelas que recebiam mais. Isso tem um reflexo direto no índice de concentração de rendimentos, que a gente mede por meio do índice de Gini. Quase todas as regiões do país tiveram redução desse índice”, disse a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.
O índice de Gini varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade na distribuição de renda na região. O índice brasileiro caiu de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011. “Isso vem acontecendo nos últimos anos principalmente em virtude dos elevados aumentos do salário mínimo. O salário mínimo puxa a parte de baixo [dos estratos de renda]. Embora o salário daquele pessoal mais pobre nem chegue a um salário mínimo, ele serve como referência e puxa um aumento para cima”, diz Fernando de Holanda, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda do índice de Gini ocorreu em quatro regiões brasileiras. A exceção foi a Norte, onde a média do rendimento dos mais pobres se afastou da dos mais ricos. No Norte, o índice subiu de 0,488 para 0,496, mostrando que a desigualdade na distribuição de renda aumentou. A Pnad mostrou ainda que as diferenças de rendimento entre homens e mulheres persistem no país, apesar de terem diminuído entre 2009 e 2011. O rendimento médio das mulheres, em 2011, foi 997, ou seja, 70,4% da média recebida pelos homens (1.417 reais).
Em 2009, o valor recebido pelas mulheres representava apenas 67,1% do rendimento masculino. Na avaliação por categorias de emprego, os militares e empregados públicos estatutários tinham rendimento médio de 2.289 reais, enquanto o dos trabalhadores domésticos sem carteira assinada era 424 reais. Nas demais categorias, os rendimentos observados pela Pnad foram: empregados com carteira assinada (1.303) reais, empregados sem carteira assinada (829 reais) e trabalhador doméstico com carteira assinada (reais 693).
Edição: Juliana Andrade e Lílian Beraldo
Brasil escolhe "O Palhaço" para concorrer a indicação ao Oscar
O Ministério da Cultura escolheu nesta quinta-feira (20) o filme "O Palhaço", dirigido e protagonizado por Selton Mello, para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira em 2013.
O Ministério espera que o filme seja escolhido pela Academia de Hollywood como um dos cinco finalistas a concorrer na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, entre os que serão apresentados por 60 países para a 85ª edição do Oscar. Os indicados serão anunciados no próximo dia 24 de fevereiro.
O filme, que conta a história de um palhaço que passa por uma crise existencial e pensa em abandonar o circo em que trabalha com seu pai, foi escolhido entre uma lista de 16 filmes inscritos. "O Palhaço" se impôs ante produções como "À Beira do Caminho", de Breno Silveira; "Heleno", de José Henrique Fonseca, "Xingu", de Cao Hamburger, e "Billi Pig", de José Eduardo Belmonte. A escolha foi feita por uma comissão especial formada por Ana Paula Dourado Santana, Ana Luiza Azevedo, Andre Sturm, Carlos Eduardo Rodrigues, Flávio Tambellini, George Torquato Firmeza, José Geraldo Couto e Lauro Escorel. A decisão, consensual, dos seis membros presentes da comissão considerou critérios artísticos e da capacidade de distribuição e promoção do filme no exterior.
"Creio que a maior inovação que fazemos com a escolha do 'Palhaço', reside no seu potencial. Esta indicação tem que ser vista como um prêmio também, é um aval de que um filme pode ir além. Espero que isso seja positivo para uma produção que já é sucesso", afirmou a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Dourado Santana, em comunicado. O último filme brasileiro indicado ao Oscar foi "Cidade de Deus", em 2003, que concorreu nas categorias melhor fotografia, melhor direção, melhor edição e melhor roteiro adaptado. Na categoria de melhor filme estrangeiro, o Brasil disputou o Oscar pela última vez com "Central do Brasil", em 1998. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood vai anunciar no dia 10 de janeiro a lista de indicados ao Oscar. A 85a edição do Oscar será realizado em 24 de fevereiro, em Los Angeles.
O Ministério espera que o filme seja escolhido pela Academia de Hollywood como um dos cinco finalistas a concorrer na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, entre os que serão apresentados por 60 países para a 85ª edição do Oscar. Os indicados serão anunciados no próximo dia 24 de fevereiro.
O filme, que conta a história de um palhaço que passa por uma crise existencial e pensa em abandonar o circo em que trabalha com seu pai, foi escolhido entre uma lista de 16 filmes inscritos. "O Palhaço" se impôs ante produções como "À Beira do Caminho", de Breno Silveira; "Heleno", de José Henrique Fonseca, "Xingu", de Cao Hamburger, e "Billi Pig", de José Eduardo Belmonte. A escolha foi feita por uma comissão especial formada por Ana Paula Dourado Santana, Ana Luiza Azevedo, Andre Sturm, Carlos Eduardo Rodrigues, Flávio Tambellini, George Torquato Firmeza, José Geraldo Couto e Lauro Escorel. A decisão, consensual, dos seis membros presentes da comissão considerou critérios artísticos e da capacidade de distribuição e promoção do filme no exterior.
"Creio que a maior inovação que fazemos com a escolha do 'Palhaço', reside no seu potencial. Esta indicação tem que ser vista como um prêmio também, é um aval de que um filme pode ir além. Espero que isso seja positivo para uma produção que já é sucesso", afirmou a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Dourado Santana, em comunicado. O último filme brasileiro indicado ao Oscar foi "Cidade de Deus", em 2003, que concorreu nas categorias melhor fotografia, melhor direção, melhor edição e melhor roteiro adaptado. Na categoria de melhor filme estrangeiro, o Brasil disputou o Oscar pela última vez com "Central do Brasil", em 1998. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood vai anunciar no dia 10 de janeiro a lista de indicados ao Oscar. A 85a edição do Oscar será realizado em 24 de fevereiro, em Los Angeles.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
A verdade sobra a favela na Vila Ana
A TV Record de Campinas fez uma matéria sobre a Vila Ana, cuja favela o prefeito Miguel Haddad afirmou estar completamente eliminada. Assistam ao vídeo abaixo e tirem suas próprias conclusões.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Debate confirma: Bigardi vence com propostas concretas e experiência para governar Jundiaí
De maneira segura, com falas recheadas de dados e informações sobre Jundiaí e uma tranquilidade sem igual para reforçar o que é preciso fazer para transformar Jundiaí numa cidade para todos. Foi desta forma que Pedro Bigardi deixou marcada a participação no debate promovido pela TV Bandeirantes Campinas e Grupo JJ de Comunicação.
Realizado sábado (15), o debate reuniu os cinco candidatos a prefeito da cidade e deixou clara a maturidade de Bigardi para enfrentar os problemas que o município apresenta em áreas essenciais para a população.
No início do programa, inclusive, a TV Bandeirantes mostrou a cidade e as pessoas que moram aqui, mas também apontou situações que afligem os moradores há anos: Hospital São Vicente superlotado, trânsito congestionado, falta de segurança...
"O que tenho de melhor é a minha experiência, minha maturidade e história com a cidade, para cuidar das pessoas de Jundiaí. Serei o melhor prefeito que Jundiaí já teve", respondeu Bigardi, ao ser perguntado pelo mediador José Arnaldo, sobre o que tem de melhor para governar a cidade.
Confiança
Sem fugir das respostas ou desviar o foco do debate, Bigardi não deixou qualquer dúvida sobre o que pretende para Jundiaí nos próximos quatro anos.
"Como prefeito, vou assumir a responsabilidade. Criar a Secretaria de Segurança Pública na cidade, levar a Guarda Municipal para os bairros com as bases descentralizadas, dar oportunidades, lazer e esporte aos jovens. Sou o único candidato que tem no Programa de Governo o compromisso de criar as bases da GM", ressaltou.
Por fim, se despediu em grande estilo. "Agradeço a você e reafirmo que a minha história de vida, experiência e confiança me dão a maturidade necessária para governar Jundiaí com qualidade de vida e cuidando dos bairros e das pessoas. Serei o melhor prefeito que Jundiaí já teve, por isso peço o seu voto. Pedro Bigardi, prefeito, 65!"
Leia algumas das perguntas formuladas a Pedro Bigardi pelos outros candidatos e por jornalistas que acompanhavam o debate:
Cláudio Miranda pergunta a Bigardi sobre a reurbanização de favelas em Jundiaí.
Resposta: "Quando trabalhei na Fumas, junto com o padre Paulo André, iniciamos o processo de reurbanização em Jundiaí. Hoje é tudo feito de maneira parcial e ainda termos pelo menos 20 mil pessoas ainda morando em favelas na cidade. Na Vila Ana, onde iniciamos esse processo, tudo está pela metade, com muito entulho no local. Vamos corrigir este problema, até pela experiência que temos nesta área".
**************************************************
Luiz Fernando Machado pergunta a Pedro Bigardi sobre propostas para desafogar o Hospital São Vicente e diz que ainda iria protocolar o compromisso de inaugurar o Hospital Regional.
Resposta: "Já deveria ter protocolado isso quando registrou o Programa de Governo no Cartório Eleitoral. O Hospital Regional está fechado há 6 anos e nada foi feito. Agora vão querer fazer? São as mesmas promessas de 4 anos atrás. Vamos criar as UPAs, os mini-hospitais, para fazer com que as pessoas sejam atendidas nos bairros. É necessária uma reestruturação geral na Saúde. Estamos atrasados pelo menos 10 anos na área da Saúde. Nós faremos tudo isso."
****************************************************
Ibis Cruz pergunta para Pedro Bigardi sobre o planejamento de Jundiaí e o que fará.
Resposta: "É preciso rever o planejamento, porque a cidade cresce de maneira desordenada. Falta investimento nos bairros, que estão abandonados. Precisamos de um prefeito que esteja preocupado com as pessoas da cidade e não ligado a grupos econômicos. Vamos fazer todas essas melhorias, a partir do ano que vem".
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Pedro Bigardi pergunta ao candidato Cláudio Miranda sobre creches.
"Foram gastos mais de R$ 50 milhões em propaganda, sendo que há uma fila de espera enorme de crianças aguardando vaga nas creches em Jundiaí. Como resolver isso?"
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Rodrigo Salomão, da TV Bandeirantes, pergunta a Pedro Bigardi sobre invasões de terra.
"Resolvemos três casos em Jundiaí deste tipo quando estava na Fumas. Fizemos isso olhando para a questão, com sensibilidade social, diálogo com as pessoas e projeto já que estas famílias não têm para onde ir. Estou muito tranquilo em relação a isso, porque sou engenheiro e esta é minha área de atuação."
Realizado sábado (15), o debate reuniu os cinco candidatos a prefeito da cidade e deixou clara a maturidade de Bigardi para enfrentar os problemas que o município apresenta em áreas essenciais para a população.
No início do programa, inclusive, a TV Bandeirantes mostrou a cidade e as pessoas que moram aqui, mas também apontou situações que afligem os moradores há anos: Hospital São Vicente superlotado, trânsito congestionado, falta de segurança...
"O que tenho de melhor é a minha experiência, minha maturidade e história com a cidade, para cuidar das pessoas de Jundiaí. Serei o melhor prefeito que Jundiaí já teve", respondeu Bigardi, ao ser perguntado pelo mediador José Arnaldo, sobre o que tem de melhor para governar a cidade.
Confiança
Sem fugir das respostas ou desviar o foco do debate, Bigardi não deixou qualquer dúvida sobre o que pretende para Jundiaí nos próximos quatro anos.
"Como prefeito, vou assumir a responsabilidade. Criar a Secretaria de Segurança Pública na cidade, levar a Guarda Municipal para os bairros com as bases descentralizadas, dar oportunidades, lazer e esporte aos jovens. Sou o único candidato que tem no Programa de Governo o compromisso de criar as bases da GM", ressaltou.
Por fim, se despediu em grande estilo. "Agradeço a você e reafirmo que a minha história de vida, experiência e confiança me dão a maturidade necessária para governar Jundiaí com qualidade de vida e cuidando dos bairros e das pessoas. Serei o melhor prefeito que Jundiaí já teve, por isso peço o seu voto. Pedro Bigardi, prefeito, 65!"
Leia algumas das perguntas formuladas a Pedro Bigardi pelos outros candidatos e por jornalistas que acompanhavam o debate:
Cláudio Miranda pergunta a Bigardi sobre a reurbanização de favelas em Jundiaí.
Resposta: "Quando trabalhei na Fumas, junto com o padre Paulo André, iniciamos o processo de reurbanização em Jundiaí. Hoje é tudo feito de maneira parcial e ainda termos pelo menos 20 mil pessoas ainda morando em favelas na cidade. Na Vila Ana, onde iniciamos esse processo, tudo está pela metade, com muito entulho no local. Vamos corrigir este problema, até pela experiência que temos nesta área".
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Luiz Fernando Machado pergunta a Pedro Bigardi sobre propostas para desafogar o Hospital São Vicente e diz que ainda iria protocolar o compromisso de inaugurar o Hospital Regional.
Resposta: "Já deveria ter protocolado isso quando registrou o Programa de Governo no Cartório Eleitoral. O Hospital Regional está fechado há 6 anos e nada foi feito. Agora vão querer fazer? São as mesmas promessas de 4 anos atrás. Vamos criar as UPAs, os mini-hospitais, para fazer com que as pessoas sejam atendidas nos bairros. É necessária uma reestruturação geral na Saúde. Estamos atrasados pelo menos 10 anos na área da Saúde. Nós faremos tudo isso."
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Ibis Cruz pergunta para Pedro Bigardi sobre o planejamento de Jundiaí e o que fará.
Resposta: "É preciso rever o planejamento, porque a cidade cresce de maneira desordenada. Falta investimento nos bairros, que estão abandonados. Precisamos de um prefeito que esteja preocupado com as pessoas da cidade e não ligado a grupos econômicos. Vamos fazer todas essas melhorias, a partir do ano que vem".
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Pedro Bigardi pergunta ao candidato Cláudio Miranda sobre creches.
"Foram gastos mais de R$ 50 milhões em propaganda, sendo que há uma fila de espera enorme de crianças aguardando vaga nas creches em Jundiaí. Como resolver isso?"
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Rodrigo Salomão, da TV Bandeirantes, pergunta a Pedro Bigardi sobre invasões de terra.
"Resolvemos três casos em Jundiaí deste tipo quando estava na Fumas. Fizemos isso olhando para a questão, com sensibilidade social, diálogo com as pessoas e projeto já que estas famílias não têm para onde ir. Estou muito tranquilo em relação a isso, porque sou engenheiro e esta é minha área de atuação."
Por que eles têm medo do Lula?
Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.
- por Emir Sader, em seu blog
Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.
Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.
Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.
Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.
Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.
Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.
Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.
O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.
Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.
Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.
Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.
Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”
Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.
Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.
O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.
Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações.
Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.
Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.
Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.
Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.
Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita.
Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.
Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.
Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.
- por Emir Sader, em seu blog
Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.
Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.
Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.
Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.
Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.
Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.
Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.
O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.
Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.
Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.
Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.
Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”
Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.
Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.
O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.
Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações.
Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.
Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.
Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.
Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.
Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita.
Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.
Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.
Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.
Debate, uma rara oportunidade de comparar candidatos
Bigardi focou em sua ligação histórica com Jundiaí e sua maturidade política e pessoal. Apresentou propostas concretas para lidar com o problema da saúde e do planejamento urbano. Estava muito seguro nas respostas e mostrou ter sensibilidade social, além de já ter sido um gestor competente.
- por Rafael Alcadipani* no site OA Jundiaí
O eleitor jundiaiense teve uma rara oportunidade de comparar na tarde deste sábado (15) os candidatos a Prefeitura de Jundiaí.
Jundiaí é uma cidade grande, com um orçamento significativo e que possui problemas compatíveis com o seu tamanho. Um debate como o de hoje é fundamental para que seja possível comparar os candidatos e ver qual se destaca como o mais preparado para guiar os destinos da cidade nos próximos anos.
O debate transcorreu em alto-nível, sem ataques e ofensas pessoais, o que mostra a maturidade política dos candidatos. Estiveram presentes todos os candidatos.
Luiz Fernando Machado esteve na berlinda durante todo o encontro. Isso pelo fato de ele representar a continuação do governo Miguel Haddad. Em sua campanha, fora do debate, Machado tenta se colocar como uma renovação para Jundiaí, algo que ele não representa, pois foi vice prefeito de Haddad e abandonou a função para ser deputado federal.
Mesmo como deputado, sempre esteve ao lado de Haddad. No debate ficou evidente que as poucas propostas de Machado são muitas das ideias que têm sido apresentadas pelo PSDB em todas as eleições, mas que não foram entregues.
O exemplo citado, logo no primeiro bloco, foi o tão esperado Hospital Regional. Há anos se prometem para Jundiaí um hospital que nunca foi entregue.
Além disso, Machado foi muito hábil em falar, mas não consegui perceber muito conteúdo real atrás de sua bela oratória. A posição de Machado é muito difícil, pois grande parte do que ele propõe já poderia ter sido feito, dado o tamanho do orçamento de Jundiaí.
Porém, comparado com Haddad ele mostra ser mais inteligente e articulado.
Além disso, Machado sofre muito para conseguir fazer uma fala que seja verdadeiramente espontânea, natural. A fala parece ensaiada, treinada, robótica.
Machado firmou seu perfil de um parlamentar competente, mas deixou dúvidas sobre a sua condição de ser um gestor público de verdade.
Bigardi focou em sua ligação histórica com Jundiaí e sua maturidade política e pessoal. Apresentou propostas concretas para lidar com o problema da saúde e do planejamento urbano. Estava muito seguro nas respostas e mostrou ter sensibilidade social, além de já ter sido um gestor competente.
Parecia tranquilo, sereno e falou com firmeza. Não partiu para os ataques fáceis e focou em como resolver os problemas da cidade. O tão esperado embate entre os dois se deu de forma cordial e cortês.
O ex-prefeito Ibis Cruz mostrou que muito daquilo que temos em Jundiaí foi feito pelo seu governo e como, no comparativo com a atual gestão, ele fez mais.
Cláudio Miranda apresentou suas propostas e pontuou falhas significativas no governo Haddad. Ele também se mostrou firme e convicto de suas ideias.
Vanderlei Victornio, o BA, defendeu as bandeiras históricas do PSol, principalmente no que diz respeito a ética na política.
Os jornalistas fizeram perguntar firmes e diretas, mostrando uma postura totalmente independente.
De uma forma geral, o que se viu foi uma desconstrução das administrações do PSDB na cidade, desconstrução reforçada pelo próprio Machado que falou de uma Nova Jundiaí.
A Jundiaí real mostrou-se bem mais complexa do que a do marketing. A iniciativa do debate é ótima, e resta parabenizar o Jornal de Jundiaí Regional e a Band pela iniciativa que ajudou na democracia jundiaiense.
*Rafael Alcadipani é Professor Universitário
- por Rafael Alcadipani* no site OA Jundiaí
O eleitor jundiaiense teve uma rara oportunidade de comparar na tarde deste sábado (15) os candidatos a Prefeitura de Jundiaí.
Jundiaí é uma cidade grande, com um orçamento significativo e que possui problemas compatíveis com o seu tamanho. Um debate como o de hoje é fundamental para que seja possível comparar os candidatos e ver qual se destaca como o mais preparado para guiar os destinos da cidade nos próximos anos.
O debate transcorreu em alto-nível, sem ataques e ofensas pessoais, o que mostra a maturidade política dos candidatos. Estiveram presentes todos os candidatos.
Luiz Fernando Machado esteve na berlinda durante todo o encontro. Isso pelo fato de ele representar a continuação do governo Miguel Haddad. Em sua campanha, fora do debate, Machado tenta se colocar como uma renovação para Jundiaí, algo que ele não representa, pois foi vice prefeito de Haddad e abandonou a função para ser deputado federal.
Mesmo como deputado, sempre esteve ao lado de Haddad. No debate ficou evidente que as poucas propostas de Machado são muitas das ideias que têm sido apresentadas pelo PSDB em todas as eleições, mas que não foram entregues.
O exemplo citado, logo no primeiro bloco, foi o tão esperado Hospital Regional. Há anos se prometem para Jundiaí um hospital que nunca foi entregue.
Além disso, Machado foi muito hábil em falar, mas não consegui perceber muito conteúdo real atrás de sua bela oratória. A posição de Machado é muito difícil, pois grande parte do que ele propõe já poderia ter sido feito, dado o tamanho do orçamento de Jundiaí.
Porém, comparado com Haddad ele mostra ser mais inteligente e articulado.
Além disso, Machado sofre muito para conseguir fazer uma fala que seja verdadeiramente espontânea, natural. A fala parece ensaiada, treinada, robótica.
Machado firmou seu perfil de um parlamentar competente, mas deixou dúvidas sobre a sua condição de ser um gestor público de verdade.
Bigardi focou em sua ligação histórica com Jundiaí e sua maturidade política e pessoal. Apresentou propostas concretas para lidar com o problema da saúde e do planejamento urbano. Estava muito seguro nas respostas e mostrou ter sensibilidade social, além de já ter sido um gestor competente.
Parecia tranquilo, sereno e falou com firmeza. Não partiu para os ataques fáceis e focou em como resolver os problemas da cidade. O tão esperado embate entre os dois se deu de forma cordial e cortês.
O ex-prefeito Ibis Cruz mostrou que muito daquilo que temos em Jundiaí foi feito pelo seu governo e como, no comparativo com a atual gestão, ele fez mais.
Cláudio Miranda apresentou suas propostas e pontuou falhas significativas no governo Haddad. Ele também se mostrou firme e convicto de suas ideias.
Vanderlei Victornio, o BA, defendeu as bandeiras históricas do PSol, principalmente no que diz respeito a ética na política.
Os jornalistas fizeram perguntar firmes e diretas, mostrando uma postura totalmente independente.
De uma forma geral, o que se viu foi uma desconstrução das administrações do PSDB na cidade, desconstrução reforçada pelo próprio Machado que falou de uma Nova Jundiaí.
A Jundiaí real mostrou-se bem mais complexa do que a do marketing. A iniciativa do debate é ótima, e resta parabenizar o Jornal de Jundiaí Regional e a Band pela iniciativa que ajudou na democracia jundiaiense.
*Rafael Alcadipani é Professor Universitário
domingo, 16 de setembro de 2012
Minha Casa, Minha Vida tem 1 milhão de moradias construídas, diz presidenta
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27) que o programa Minha Casa, Minha Vida atingiu a marca de 1 milhão de casas e apartamentos construídos. Além disso, desde o início de 2011 até agosto deste ano, foram contratadas 860 mil novas moradias, segundo ela. A meta do governo é contratar 2,4 milhões de residências até 2014, com uma estimativa de investimentos de R$ 150 bilhões.
“Investir em moradia digna para a população é investir na proteção e na segurança das famílias. A casa própria contribui para que as famílias tenham uma vida melhor, para que as crianças e os jovens se sintam protegidos, para que os laços familiares e as amizades se desenvolvam, para que as famílias construam um lar”, ressaltou.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma lembrou que o Minha Casa, Minha Vida atende a famílias de três faixas de renda – até R$ 1,6 mil ao mês, entre R$ 1,6 mil e R$ 3,1 mil ao mês e de R$ 3,1 mil a R$ 5 mil. Ela destacou que o programa auxilia também famílias que vivem em encostas de morros, na beira de córregos e em palafitas construídas sobre mangues e igarapés, que sofrem com deslizamentos e enchentes.
“Toda casa, para ser construída, precisa de cimento, tijolo, areia, fios, torneiras, cerâmica, tinta e outros materiais. Para fornecer esses materiais, as indústrias de todo o país têm de contratar mais trabalhadores e aumentar a produção de suas fábricas”, disse. “Minha Casa Minha Vida ajuda toda a população do Brasil, porque faz a roda da economia brasileira girar”, destacou.
Edição: Talita Cavalcante
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27) que o programa Minha Casa, Minha Vida atingiu a marca de 1 milhão de casas e apartamentos construídos. Além disso, desde o início de 2011 até agosto deste ano, foram contratadas 860 mil novas moradias, segundo ela. A meta do governo é contratar 2,4 milhões de residências até 2014, com uma estimativa de investimentos de R$ 150 bilhões.
“Investir em moradia digna para a população é investir na proteção e na segurança das famílias. A casa própria contribui para que as famílias tenham uma vida melhor, para que as crianças e os jovens se sintam protegidos, para que os laços familiares e as amizades se desenvolvam, para que as famílias construam um lar”, ressaltou.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma lembrou que o Minha Casa, Minha Vida atende a famílias de três faixas de renda – até R$ 1,6 mil ao mês, entre R$ 1,6 mil e R$ 3,1 mil ao mês e de R$ 3,1 mil a R$ 5 mil. Ela destacou que o programa auxilia também famílias que vivem em encostas de morros, na beira de córregos e em palafitas construídas sobre mangues e igarapés, que sofrem com deslizamentos e enchentes.
“Toda casa, para ser construída, precisa de cimento, tijolo, areia, fios, torneiras, cerâmica, tinta e outros materiais. Para fornecer esses materiais, as indústrias de todo o país têm de contratar mais trabalhadores e aumentar a produção de suas fábricas”, disse. “Minha Casa Minha Vida ajuda toda a população do Brasil, porque faz a roda da economia brasileira girar”, destacou.
Edição: Talita Cavalcante
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Tarifas de energia cairão 20,2% em média, anuncia a presidenta Dilma Roussef
Descontos acontecerão a partir de 2013 e poderão ser ainda maiores após conclusão de estudos da Aneel em março do ano que vem, afirmou a presidenta Dilma Roussef. A redução é fruto da redução da carga tributária, do aporte de R$ 3,3 bi da União e da prorrogação antecipada de concessões do setor elétrico. O ministro Mantega afirmou que o governo está “em uma cruzada para reduzir os custos no Brasil”.
- por Vinicius Mansur
Brasília - Ratificando o anúncio feito em pronunciamento à nação por ocasião do Sete de Setembro, a presidenta Dilma Rousseff afirmou, durante cerimônia no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (11), que as tarifas de energia elétrica do país cairão 20,2% em média. “Vamos renovar as concessões e baixar os custos. Isso garantirá retorno para o consumidor”, disse Rousseff.
O governo prevê, a partir de 2013, uma redução de 16,2% para os consumidores de 19% a 28% para o setor empresarial.
Conforme explicou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a redução da tarifa virá de uma combinação da redução da carga tributária sobre o setor e da prorrogação antecipada de concessões de operadoras de energia.
O Tesouro assumirá a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Global de Reversão (RGR). Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será reduzida em 75%. As três taxas atualmente incidem sobre a conta de luz. Estas medidas, afirmou Lobão, demandarão um aporte anual de R$ 3,3 bilhões pela União e vão baixar em cerca de 7% a conta paga pelos consumidores.
Por outro lado, o governo possibilitará que concessões de transmissão e distribuição de energia elétrica com vencimento previsto entre 2015 e 2017 sejam renovadas já em 2013, por no máximo 30 anos, com o compromisso destas empresas em reduzir em mais 13,2%com o valor das tarifas, considerando-se a amortização dos ativos. As concessões a serem prorrogadas representam 18% do parque gerador nacional, 67% da rede básica de transmissão e 35% do mercado de distribuição.
A presidenta ainda afirmou que a redução das tarifas poderá ser maior, a depender dos estudos sobre o vencimento de novas concessões que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluirá em março do ano que vem.
Rousseff também ressaltou que o governo será rígido e punirá as empresas com mau desempenho na prestação de serviços.
Cruzada para reduzir custos
A redução das tarifas de energia, segundo a presidenta, é uma “medida histórica” e faz parte da visão estratégica do governo para “garantir a continuidade do crescimento com inclusão social e, para tanto, aumentar a competitividade do país”. Também fazem parte desta estratégia as ações contra a valorização artificial do câmbio, as Parcerias Público-Privadas para dinamizar a estrutura logística, a queda bilionária da carga tributária e a redução em mais de 5 pontos percentuais da taxa de juros básica, listou. “Hoje praticamos juros reais em torno de 2% ao ano, patamar mais civilizado que o país já alcançou”, ressaltou Rousseff.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo está “em uma cruzada para reduzir os custos no Brasil” e que a redução do preço da energia deverá significar a diminuição de 0,5% a 1% na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Este impacto será sentido no próximo ano, quando o Brasil será um dos poucos países que irão crescer acima de 4%, disse Mantega.
- por Vinicius Mansur
Brasília - Ratificando o anúncio feito em pronunciamento à nação por ocasião do Sete de Setembro, a presidenta Dilma Rousseff afirmou, durante cerimônia no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (11), que as tarifas de energia elétrica do país cairão 20,2% em média. “Vamos renovar as concessões e baixar os custos. Isso garantirá retorno para o consumidor”, disse Rousseff.
O governo prevê, a partir de 2013, uma redução de 16,2% para os consumidores de 19% a 28% para o setor empresarial.
Conforme explicou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a redução da tarifa virá de uma combinação da redução da carga tributária sobre o setor e da prorrogação antecipada de concessões de operadoras de energia.
O Tesouro assumirá a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Global de Reversão (RGR). Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será reduzida em 75%. As três taxas atualmente incidem sobre a conta de luz. Estas medidas, afirmou Lobão, demandarão um aporte anual de R$ 3,3 bilhões pela União e vão baixar em cerca de 7% a conta paga pelos consumidores.
Por outro lado, o governo possibilitará que concessões de transmissão e distribuição de energia elétrica com vencimento previsto entre 2015 e 2017 sejam renovadas já em 2013, por no máximo 30 anos, com o compromisso destas empresas em reduzir em mais 13,2%com o valor das tarifas, considerando-se a amortização dos ativos. As concessões a serem prorrogadas representam 18% do parque gerador nacional, 67% da rede básica de transmissão e 35% do mercado de distribuição.
A presidenta ainda afirmou que a redução das tarifas poderá ser maior, a depender dos estudos sobre o vencimento de novas concessões que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluirá em março do ano que vem.
Rousseff também ressaltou que o governo será rígido e punirá as empresas com mau desempenho na prestação de serviços.
Cruzada para reduzir custos
A redução das tarifas de energia, segundo a presidenta, é uma “medida histórica” e faz parte da visão estratégica do governo para “garantir a continuidade do crescimento com inclusão social e, para tanto, aumentar a competitividade do país”. Também fazem parte desta estratégia as ações contra a valorização artificial do câmbio, as Parcerias Público-Privadas para dinamizar a estrutura logística, a queda bilionária da carga tributária e a redução em mais de 5 pontos percentuais da taxa de juros básica, listou. “Hoje praticamos juros reais em torno de 2% ao ano, patamar mais civilizado que o país já alcançou”, ressaltou Rousseff.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo está “em uma cruzada para reduzir os custos no Brasil” e que a redução do preço da energia deverá significar a diminuição de 0,5% a 1% na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Este impacto será sentido no próximo ano, quando o Brasil será um dos poucos países que irão crescer acima de 4%, disse Mantega.
Marta Suplicy assume Ministério da Cultura
Dilma convida Marta Suplicy para o Ministério da Cultura. A senadora Marta Suplicy será a nova ministra da Cultura. Ela aceitou o convite da presidenta Dilma Rousseff e substituirá Ana de Hollanda. Marta deverá tomar posse nesta quinta-feira (13), às 11 horas, no Palácio do Planalto. Ana anunciou sua saída, nesta terça-feira, em audiência no Palácio do Planalto.
Nota publicada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República diz que "a presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou a senadora Marta Suplicy para ocupar o Ministério da Cultura. Ela substituirá a artista e compositora Ana de Hollanda, a quem a presidenta agradeceu hoje o empenho e os relevantes serviços prestados ao país à frente da pasta desde janeiro de 2011".
Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos.
Nota publicada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República diz que "a presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou a senadora Marta Suplicy para ocupar o Ministério da Cultura. Ela substituirá a artista e compositora Ana de Hollanda, a quem a presidenta agradeceu hoje o empenho e os relevantes serviços prestados ao país à frente da pasta desde janeiro de 2011".
Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Para defensores, cotas não prejudicam qualidade do ensino
Defensores da nova política de cotas para ingresso em universidades e escolas técnicas federais afirmaram, aos senadores da Comissão de Direitos Humanos (CDH), nesta segunda-feira (10), que a reserva de vagas não vai prejudicar a qualidade do ensino nem ferir a meritocracia, uma vez que os candidatos terão que obter a nota mínima do concurso seletivo para conseguir acesso às instituições.
O sistema de cotas voltou a ser debatido no Senado, a pedido do senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da comissão. Para os representantes de movimentos sociais que participaram da audiência, a recém-sancionada lei que cria o sistema de cotas será um instrumento de justiça social e combate ao racismo.
“A Lei de Cotas, sancionada no último dia 29 pela presidente Dilma Rousseff, deverá ampliar de 8,7 mil para 52 mil o número de estudantes negros que ingressam anualmente nas universidades públicas federais. É a chance de o Brasil acabar com as sequelas de um passado racista”, afirmou o ministro interino da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Mario Lisboa Theodoro.
Outros desafios
Para o coordenador da Educafro de Brasília, Fernando Benício dos Santos, a aprovação da nova política de cotas foi um avanço importante, mas é preciso ir além: “Temos que nos preocupar agora com os que entram e não conseguem concluir o ensino superior”, informou.
Opinião semelhante tem o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Agora que o sistema de cotas em universidades públicas foi aprovado, ele propõe que os movimentos afrodescendentes organizados lutem por uma nova bandeira, igualmente importante: alfabetizar 100% dos negros brasileiros e fazer com que todos terminem o ensino médio com a mesma qualidade dos brancos e ricos.
“Temos que dar um salto adiante e lutar por educação igual para todos para que, futuramente, não sejam necessárias mais cotas. Negro é tão inteligente quanto branco, desde que tenha oportunidade de estudar “, afirmou o senador.
Cristovam avalia que não será possível aumentar a proporção de negros no ensino superior sem a melhora da educação de base no país. “Temos apenas 3,8% de negros nas universidades e não vamos conseguir aumentar muito porque são poucos que terminam o ensino médio”, afirmou.
O que diz a lei
A nova política de cotas para ingresso em universidades e escolas técnicas federais determina que as instituições reservem, no mínimo, 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública.
Dentro dessa cota, deverá haver a distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população em cada estado, tendo como base as estatísticas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A política de cotas tem validade de dez anos a contar de sua publicação. As instituições de ensino terão quatro anos para implantar progressivamente o novo sistema.
Fonte: Agência Senado
O sistema de cotas voltou a ser debatido no Senado, a pedido do senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da comissão. Para os representantes de movimentos sociais que participaram da audiência, a recém-sancionada lei que cria o sistema de cotas será um instrumento de justiça social e combate ao racismo.
“A Lei de Cotas, sancionada no último dia 29 pela presidente Dilma Rousseff, deverá ampliar de 8,7 mil para 52 mil o número de estudantes negros que ingressam anualmente nas universidades públicas federais. É a chance de o Brasil acabar com as sequelas de um passado racista”, afirmou o ministro interino da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Mario Lisboa Theodoro.
Outros desafios
Para o coordenador da Educafro de Brasília, Fernando Benício dos Santos, a aprovação da nova política de cotas foi um avanço importante, mas é preciso ir além: “Temos que nos preocupar agora com os que entram e não conseguem concluir o ensino superior”, informou.
Opinião semelhante tem o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Agora que o sistema de cotas em universidades públicas foi aprovado, ele propõe que os movimentos afrodescendentes organizados lutem por uma nova bandeira, igualmente importante: alfabetizar 100% dos negros brasileiros e fazer com que todos terminem o ensino médio com a mesma qualidade dos brancos e ricos.
“Temos que dar um salto adiante e lutar por educação igual para todos para que, futuramente, não sejam necessárias mais cotas. Negro é tão inteligente quanto branco, desde que tenha oportunidade de estudar “, afirmou o senador.
Cristovam avalia que não será possível aumentar a proporção de negros no ensino superior sem a melhora da educação de base no país. “Temos apenas 3,8% de negros nas universidades e não vamos conseguir aumentar muito porque são poucos que terminam o ensino médio”, afirmou.
O que diz a lei
A nova política de cotas para ingresso em universidades e escolas técnicas federais determina que as instituições reservem, no mínimo, 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública.
Dentro dessa cota, deverá haver a distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população em cada estado, tendo como base as estatísticas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A política de cotas tem validade de dez anos a contar de sua publicação. As instituições de ensino terão quatro anos para implantar progressivamente o novo sistema.
Fonte: Agência Senado
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Brasil conquista 43 medalhas e fica em 7º lugar nas Paraolimpíadas 2012
Além de ter conseguido seu melhor desempenho em Paraolimpíadas na edição de Londres, o Brasil também alcançou a meta estipulada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro de ser o sétimo colocado no quadro geral de medalhas.
Em 2008, na capital chinesa, os para-atletas brasileiros conquistaram 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes (47 medalhas ao todo), e terminaram em nono lugar no quadro geral de medalhas.
Com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze (43 no total), o país ficou à frente da Alemanha (18 ouros, 26 pratas, 38 bronzes e 98 no total) e se despede da Grã-Bretanha em grande estilo --Tito Sena conquistou, neste domingo, o lugar mais alto do pódio da maratona classe T46, ao completar os 42 km em 2h30min40s.
A China, que obteve 95 ouros, 71 pratas e 65 bronzes (231 no total), ficou na primeira colocação geral dos Jogos Paraolímpicos de Londres-2012, seguida por Rússia, Grã-Bretanha, Ucrânia, Austrália e Estados Unidos (na ordem da classificação).
Para o Brasil, a modalidade que mais rendeu medalhas de ouro foi a natação --nove ao todo. Daniel Dias, maior medalhista paraolímpico brasileiro, conquistou seis. O nadador André Brasil faturou os outros três ouros nas piscinas de Londres.
Fonte: Folha
Em 2008, na capital chinesa, os para-atletas brasileiros conquistaram 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes (47 medalhas ao todo), e terminaram em nono lugar no quadro geral de medalhas.
Com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze (43 no total), o país ficou à frente da Alemanha (18 ouros, 26 pratas, 38 bronzes e 98 no total) e se despede da Grã-Bretanha em grande estilo --Tito Sena conquistou, neste domingo, o lugar mais alto do pódio da maratona classe T46, ao completar os 42 km em 2h30min40s.
A China, que obteve 95 ouros, 71 pratas e 65 bronzes (231 no total), ficou na primeira colocação geral dos Jogos Paraolímpicos de Londres-2012, seguida por Rússia, Grã-Bretanha, Ucrânia, Austrália e Estados Unidos (na ordem da classificação).
Para o Brasil, a modalidade que mais rendeu medalhas de ouro foi a natação --nove ao todo. Daniel Dias, maior medalhista paraolímpico brasileiro, conquistou seis. O nadador André Brasil faturou os outros três ouros nas piscinas de Londres.
Fonte: Folha
Uma carta aberta a FHC que merece ir para os livros de História
Theotonio dos Santos |
Segue uma carta aberta de Theotonio dos Santos, economista, cientista político e um dos formuladores da Teoria da Dependência. Hoje é um dos principais expoentes da Teoria do Sistema Mundo. Mestre em Ciência Política pela UnB e doutor notório saber pela UFMG e pela UFF. Coordenador da cátedra e Rede ONU/Unesco de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (Reggen).
O texto é um primor e contribui tanto para entender o quanto o governo do PSDB foi deletério para o Brasil como ajuda a impedir que a mídia tente “lavar branquinho” a história e produzir uma nova versão do que foram os anos FHC.
Theotonio dos Santos: Carta Aberta a Fernando Henrique Cardoso
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos anos 1960.
A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete, contudo, este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender por que você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos de seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. [Se os leitores tiverem interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhes recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000]. Contudo, nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno de seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o Plano Real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, todas as economias do mundo apresentaram uma queda da inflação para menos de 10%. Claro que em cada país apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. Tivemos em seu governo uma das mais altas inflações do mundo. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição a seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte.
Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos de dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e seu ministro da Economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do País antes de sua desvalorização. O fato é que quando você flexibilizou o câmbio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista”, pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. Ora, uma moeda que se desvaloriza quatro vezes em oito anos pode ser considerada uma moeda forte? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese? Conclusões: O Plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha de ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
O segundo mito, de acordo com suas declarações, seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade. E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de Economia burlando a boa-fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3% a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste país da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda por que nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo… te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999, o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido todas as suas divisas. Você teve de pedir ajuda a seu amigo Clinton que colocou a sua disposição 20 bilhões de dólares do Tesouro dos EUA e mais uns 25 bilhões de dólares do FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia. Esperava-se aumentar as exportações do país para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida.
Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em consequência deste fracasso colossal de sua política macroeconômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa de seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, um fracasso econômico rotundo que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criaram para este país.
Gostaria de destacar a qualidade de seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado nosso querido Francisco Weffort (este então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional.
Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente. Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter de revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão de pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo.
Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o verdadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora. Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês (e tenho a melhor recordação de Ruth), mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeço.
Theotonio dos Santos
Lula incentiva a participação nas eleições
Lula diz que as pessoas devem participar das eleições, ler os programas de governo e ver vida dos candidatos para contribuir para que suas cidades tenham bons prefeitos e bons vereadores.
Clique no player para assistir.
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sábado, 8 de setembro de 2012
PSDB é o partido com maior número de políticos fichas sujas
Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) barraram até agora a candidatura a prefeito de 317 políticos com base na Lei da Ficha Limpa nos 26 Estados do país. O levantamento foi publicado pelo jonal Folha de S. Paulo deste sábado. Em 16 tribunais ainda há casos para serem julgados. O PSDB é o partido que possui o maior número de fichas sujas, são 56 candidatos, politicos, fichas sujas, o equivalente a 3,5% dos tucanos. O PMDB vem logo atrás, com 49. O PT tem 18 'barrados' e aparece na oitava posição, 1% do total.
O levamento da Folha mostra, por exemplo, que até o PSD de Gilberto Kassab tem mais condenados do que os petistas. O PPS, que é muito menor do que o PT, tem 9 condenados.
Os nomes barrados pelos TREs irão aparecer nas urnas eletrônicas normalmente, no entanto todos os seus votos serão considerados sub judice até uma eventual decisão no TSE. No caso de o candidato ficha-suja ter mais votos e seu recurso for rejeitado, assume o segundo colocado na eleição.
Entre os barrados, destacam-se o ex-presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP-PE) e a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR-RJ).
Severino tenta se reeleger prefeito de João Alfredo (PE) e foi enquadrado na lei por ter renunciado ao mandato de deputado federal, em 2005, sob a acusação de ter recebido propina de um concessionário da Câmara.
Já Rosinha Garotinho, atual prefeita de Campos (RJ), teve o registro negado sob a acusação de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação nas eleições de 2008.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Instituto Millenium, mídia e as lições da história
- Por Emiliano José, na CartaCapital
Cedo à tentação, e me comprazo em fazê-lo, de lembrar Gramsci, que, nos seus Cadernos do Cárcere, falou, não poucas vezes, e com muita propriedade, do papel dos intelectuais, dando-lhes um estatuto político até então imprecisamente avaliado. Evidente que não pretendo tratar especificamente disso, mas resvalar o tema para voltar ao assunto da velha mídia no Brasil. Gramsci indicava, lá nos anos 30 do século passado, como os grandes intelectuais individuais, ou grupo de intelectuais agrupados em revistas, jornais e demais meios de comunicação, exercem frequentemente a função de partidos políticos.
O site do Instituto Millenium
Ele se refere, por exemplo, ao “partido constituído por uma elite de homens da cultura, que tem a função de dirigir, do ponto de vista da cultura, da ideologia, um grande número de partidos afins”, ou quando afirma que “um jornal (ou um grupo de jornais), uma revista (ou um grupo de revistas) são também ‘partidos’ ou ‘frações de partidos’”. Retiro essa reflexão – incluídos os textos aspeados – do notável livro de Carlos Nelson Coutinho – “Gramsci : um estudo sobre seu pensamento político”, da editora Civilização Brasileira. Coutinho é seguramente o mais denso estudioso de Gramsci no Brasil, e contribuiu decisivamente para que o País o conhecesse e para que a política fosse positivamente contaminado pelo pensamento gramsciano.
O mundo é outro, inegavelmente. Mas a abordagem de Gramsci sobre os intelectuais continua atual sob muitos aspectos, especialmente no que diz respeito à natureza partidária dos nossos meios de comunicação, sobretudo daqueles meios que chamo de velha mídia, no Brasil os poucos grupos monopolistas que pretendem controlar o discurso sobre o País e que se arvoram à condição de partido político, pretendendo, ainda, personificar a opinião pública, mistificação que foi sendo desmontada com a autonomia da opinião pública das ruas, que felizmente não aceita mais passivamente o discurso midiático.
Veja e Cachoeira. A intervenção específica da revista Veja mereceria um capítulo à parte, embora não possamos aqui, no limite desse texto, elucidar o seu papel de raivosa usina teórica da extrema-direita na América Latina. No caso da quadrilha de Carlos Cachoeira, Veja foi muito além disso, e envolveu-se profundamente com o crime organizado, como o comprovam as tantas matérias publicadas, sobretudo na blogosfera e na revista CartaCapital. Veja, além de cometer crimes, de atentar contra quaisquer princípios éticos do bom jornalismo, insista-se, age como partido político, combatendo sem trégua o projeto político que o Partido dos Trabalhadores conduz no País desde 2003. Separo Veja dos demais meios, embora seja correto acentuar que a velha mídia tem um programa político comum quanto ao Brasil, e não varia no seu combate cotidiano ao projeto político iniciado com a vitória de Lula em 2002.
Quero mesmo, para definir o escopo central do texto, tratar do Instituto MIllenium. Embora soubéssemos da existência dele, a leitura da matéria de Débora Prado, na revista Caros Amigos, de agosto de 2012, é muito esclarecedora quanto à natureza nitidamente partidária assumida pela instituição, um conglomerado de intelectuais que se dispõe a pugnar contra o projeto político em andamento no Brasil, e a favor da proposta neoliberal, derrotada em 2002, apesar do esforço da mídia em sentido contrário. A organização é uma autêntica vanguarda da velha mídia, voltada essencialmente à defesa do direito de propriedade e da livre iniciativa. Uma entidade que defende privatizações, o sistema financeiro mesmo quando ele entra em colapso, faz campanha permanente contra a regulamentação das comunicações, propõe sem variação a redução dos direitos sociais e combate qualquer política afirmativa por parte do Estado, conforme o registro da excelente matéria.
E é uma entidade com um programa nitidamente neoliberal, organizada diretamente pelos barões da velha mídia, note-se. Não se trata de intelectuais dispersos, avulsos, mas aqueles afinados com esse discurso, e recrutados diretamente pelo quartel-general midiático que dirige a organização. O Instituto Millenium conta com o que Gramsci chamaria intelectuais orgânicos da direita. O gestor do Fundo Patrimonial é ninguém menos que Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Dispõe de uma extensa rede de articulistas que, além de escrever em seu site, tem espaço constante, assegurado nos principais veículos da velha mídia: Demétrio Magnoli, Carlos Alberto Sardenberg, Ali Kamel, Roberto Da Matta e Roberto Romano são alguns dos nomes lembrados.
Ideólogos da direita. Não sei se o Instituto cultiva a figura do simpatizante, mas seguramente há um número muito grande deles nos meios de comunicação da velha mídia. A matéria de Débora Prado chama-os de amigos. E cita Reinaldo Azevedo, José Nêumanne Pinto e Ricardo Amorim. Sem quaisquer ligações formais, há muitas outras personalidades, jornalistas ou não, que comungam inteiramente dos ideais do Millenium. A matéria noticia que Pedro Bial participa da Câmara de Fundadores e Curadores da entidade e que João Roberto Marinho, Roberto Civita e Roberto Mesquita – Globo, Abril e Estadão – são da Câmara de mantenedores. O Conselho Editorial é composto por Antonio Carlos Pereira, do Estadão, e por Eurípides Alcantara, de Veja. Um quartel-general da direita, bastante conhecido, dirigentes do partido midiático.
Esse tipo de articulação de direita não constitui uma novidade no Brasil. O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), surgido em 1961, e o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), nascido em 1959, são seus predecessores, ancestrais do golpismo no Brasil. Surgem, anotem, para conter o avanço do comunismo, nome que se dava à movimentação dos trabalhadores por reformas, e, claro, conter os agentes políticos que se dispusessem a levar à frente projetos reformistas. As duas entidades – na verdade, uma poderosa articulação política – tinham objetivos comuns, e a atuação delas ganhou intensidade depois da chegada de João Goulart ao governo, e contaram com a participação decisiva da mídia de então.
Goulart aparecia para as duas entidades como a encarnação do comunismo, embora saibamos que essa era uma linha argumentativa destinada a assombrar os brasileiros, especialmente as camadas médias e as senhoras católicas. O que o IPES e o IBAD não aceitavam era um governo reformista, como era o de Goulart. A mídia obviamente também não aceitava, como não aceita o projeto político iniciado em 2003. IPES e IBAD trabalharam intensamente a favor do golpe, formaram uma base ideológica e política fundamental para o sucesso daquela empreitada que nos envolveu numa longa noite de terror, de perseguição, de torturas, de desaparecimentos de pessoas, que persistiu até 1985.
Uma família unida. Discutia muito na Universidade Federal da Bahia, quando professor da Faculdade de Comunicação, o quanto a velha mídia tinha de identidade de propósitos e de como agia de acordo com tais propósitos. A linha editorial era absolutamente semelhante, e a pauta parecia que era combinada todo dia entre eles. Lia um jornal, bastava. Os outros dariam o mesmo enfoque. E assim com as tevês, diferenças apenas aquelas dadas pela abundância de recursos de uma, escassez de outras. As revistas, salvo exceções como CartaCapital (para falar só de semanais) também guardavam uma semelhança impressionante. E alguns de meus colegas, bons professores, diziam que eu tinha uma visão conspiratória.
Não se trata de nenhuma visão conspiratória. É que há uma consonância ideológica. Os meios da velha mídia não precisam se reunir para que tudo saia num mesmo diapasão. Tocam de ouvido. Têm a mesma ideologia, a mesma compreensão de mundo, a mesma visão política, o mesmo projeto político para o Brasil. Assim, em princípio, seria desnecessário um Instituto Millenium. Afinal, a concordância é natural. Esses meios fazem parte de uma mesma família política e ideológica. Por que então o Millenium? Essa a pergunta que intriga.
O professor Demian Bezerra de Melo, da Universidade Federal Fluminense, diz que a atuação do Instituto tem o sentido histórico da contenção – conter o avanço de governos de esquerda na América Latina, sejam quais forem as formas que eles adquiram. Creio que é uma boa pista. Penso, como acréscimo, que há, por parte do Instituto, uma particular preocupação com o Brasil, por obviedade. Contenção de um projeto político de esquerda que vem se afirmando há praticamente uma década. O Brasil tem mudado. A renda do povo melhorou. Nossa soberania afirmou-se. Somos respeitados em todo o mundo. Firmamos uma liderança popular como Lula – no Brasil e no mundo. Dilma afirma-se como grande presidenta, querida do povo. A classe trabalhadora tem um protagonismo acentuado.
Apesar de você. E tudo isso está ocorrendo apesar da mídia, e não contando com ela. O sucesso desse projeto acendeu o sinal vermelho para a direita brasileira, em todos os seus matizes. E o Millenium chega para tentar sustentar teoricamente a luta dos que ainda defendem o neoliberalismo à brasileira. Não lembrei o IPES e o IBAD por acaso. Não podemos esquecer as lições da história. O Millenium acompanha uma tradição golpista existente no Brasil, uma tradição golpista da nossa velha mídia inclusive. Não aceita, não engole um governo que, pela via democrática, e com parâmetros distintos do neoliberalismo, está mudando o Brasil. E fará de tudo para derrotar esse projeto. De tudo.
Assim, face a esse tipo de organização, é fundamental, para além da atuação cotidiana dos partidos políticos que se opõem à ideologia defendida pelo Millenium, que todos nós tenhamos consciência do quanto é essencial a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. E luta pela democratização significa garantir a emergência de tantos outros atores sociais que estão excluídos da cena midiática, que não tem a chance de transitar nela, esmagados pelos monopólios. Esta é uma luta política essencial dos nossos dias. Esperamos que brevemente chegue à Câmara Federal o projeto do novo marco regulatório das comunicações para que, com ele, assistamos a emergência de um novo tempo nessa área, que consiga revelar o Brasil diverso em que vivemos, tão rico culturalmente, que permita o trânsito, na esfera midiática, de pensamentos diferentes dos professados pelo Millenium.
Cedo à tentação, e me comprazo em fazê-lo, de lembrar Gramsci, que, nos seus Cadernos do Cárcere, falou, não poucas vezes, e com muita propriedade, do papel dos intelectuais, dando-lhes um estatuto político até então imprecisamente avaliado. Evidente que não pretendo tratar especificamente disso, mas resvalar o tema para voltar ao assunto da velha mídia no Brasil. Gramsci indicava, lá nos anos 30 do século passado, como os grandes intelectuais individuais, ou grupo de intelectuais agrupados em revistas, jornais e demais meios de comunicação, exercem frequentemente a função de partidos políticos.
O site do Instituto Millenium
Ele se refere, por exemplo, ao “partido constituído por uma elite de homens da cultura, que tem a função de dirigir, do ponto de vista da cultura, da ideologia, um grande número de partidos afins”, ou quando afirma que “um jornal (ou um grupo de jornais), uma revista (ou um grupo de revistas) são também ‘partidos’ ou ‘frações de partidos’”. Retiro essa reflexão – incluídos os textos aspeados – do notável livro de Carlos Nelson Coutinho – “Gramsci : um estudo sobre seu pensamento político”, da editora Civilização Brasileira. Coutinho é seguramente o mais denso estudioso de Gramsci no Brasil, e contribuiu decisivamente para que o País o conhecesse e para que a política fosse positivamente contaminado pelo pensamento gramsciano.
O mundo é outro, inegavelmente. Mas a abordagem de Gramsci sobre os intelectuais continua atual sob muitos aspectos, especialmente no que diz respeito à natureza partidária dos nossos meios de comunicação, sobretudo daqueles meios que chamo de velha mídia, no Brasil os poucos grupos monopolistas que pretendem controlar o discurso sobre o País e que se arvoram à condição de partido político, pretendendo, ainda, personificar a opinião pública, mistificação que foi sendo desmontada com a autonomia da opinião pública das ruas, que felizmente não aceita mais passivamente o discurso midiático.
Veja e Cachoeira. A intervenção específica da revista Veja mereceria um capítulo à parte, embora não possamos aqui, no limite desse texto, elucidar o seu papel de raivosa usina teórica da extrema-direita na América Latina. No caso da quadrilha de Carlos Cachoeira, Veja foi muito além disso, e envolveu-se profundamente com o crime organizado, como o comprovam as tantas matérias publicadas, sobretudo na blogosfera e na revista CartaCapital. Veja, além de cometer crimes, de atentar contra quaisquer princípios éticos do bom jornalismo, insista-se, age como partido político, combatendo sem trégua o projeto político que o Partido dos Trabalhadores conduz no País desde 2003. Separo Veja dos demais meios, embora seja correto acentuar que a velha mídia tem um programa político comum quanto ao Brasil, e não varia no seu combate cotidiano ao projeto político iniciado com a vitória de Lula em 2002.
Quero mesmo, para definir o escopo central do texto, tratar do Instituto MIllenium. Embora soubéssemos da existência dele, a leitura da matéria de Débora Prado, na revista Caros Amigos, de agosto de 2012, é muito esclarecedora quanto à natureza nitidamente partidária assumida pela instituição, um conglomerado de intelectuais que se dispõe a pugnar contra o projeto político em andamento no Brasil, e a favor da proposta neoliberal, derrotada em 2002, apesar do esforço da mídia em sentido contrário. A organização é uma autêntica vanguarda da velha mídia, voltada essencialmente à defesa do direito de propriedade e da livre iniciativa. Uma entidade que defende privatizações, o sistema financeiro mesmo quando ele entra em colapso, faz campanha permanente contra a regulamentação das comunicações, propõe sem variação a redução dos direitos sociais e combate qualquer política afirmativa por parte do Estado, conforme o registro da excelente matéria.
E é uma entidade com um programa nitidamente neoliberal, organizada diretamente pelos barões da velha mídia, note-se. Não se trata de intelectuais dispersos, avulsos, mas aqueles afinados com esse discurso, e recrutados diretamente pelo quartel-general midiático que dirige a organização. O Instituto Millenium conta com o que Gramsci chamaria intelectuais orgânicos da direita. O gestor do Fundo Patrimonial é ninguém menos que Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Dispõe de uma extensa rede de articulistas que, além de escrever em seu site, tem espaço constante, assegurado nos principais veículos da velha mídia: Demétrio Magnoli, Carlos Alberto Sardenberg, Ali Kamel, Roberto Da Matta e Roberto Romano são alguns dos nomes lembrados.
Ideólogos da direita. Não sei se o Instituto cultiva a figura do simpatizante, mas seguramente há um número muito grande deles nos meios de comunicação da velha mídia. A matéria de Débora Prado chama-os de amigos. E cita Reinaldo Azevedo, José Nêumanne Pinto e Ricardo Amorim. Sem quaisquer ligações formais, há muitas outras personalidades, jornalistas ou não, que comungam inteiramente dos ideais do Millenium. A matéria noticia que Pedro Bial participa da Câmara de Fundadores e Curadores da entidade e que João Roberto Marinho, Roberto Civita e Roberto Mesquita – Globo, Abril e Estadão – são da Câmara de mantenedores. O Conselho Editorial é composto por Antonio Carlos Pereira, do Estadão, e por Eurípides Alcantara, de Veja. Um quartel-general da direita, bastante conhecido, dirigentes do partido midiático.
Esse tipo de articulação de direita não constitui uma novidade no Brasil. O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), surgido em 1961, e o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), nascido em 1959, são seus predecessores, ancestrais do golpismo no Brasil. Surgem, anotem, para conter o avanço do comunismo, nome que se dava à movimentação dos trabalhadores por reformas, e, claro, conter os agentes políticos que se dispusessem a levar à frente projetos reformistas. As duas entidades – na verdade, uma poderosa articulação política – tinham objetivos comuns, e a atuação delas ganhou intensidade depois da chegada de João Goulart ao governo, e contaram com a participação decisiva da mídia de então.
Goulart aparecia para as duas entidades como a encarnação do comunismo, embora saibamos que essa era uma linha argumentativa destinada a assombrar os brasileiros, especialmente as camadas médias e as senhoras católicas. O que o IPES e o IBAD não aceitavam era um governo reformista, como era o de Goulart. A mídia obviamente também não aceitava, como não aceita o projeto político iniciado em 2003. IPES e IBAD trabalharam intensamente a favor do golpe, formaram uma base ideológica e política fundamental para o sucesso daquela empreitada que nos envolveu numa longa noite de terror, de perseguição, de torturas, de desaparecimentos de pessoas, que persistiu até 1985.
Uma família unida. Discutia muito na Universidade Federal da Bahia, quando professor da Faculdade de Comunicação, o quanto a velha mídia tinha de identidade de propósitos e de como agia de acordo com tais propósitos. A linha editorial era absolutamente semelhante, e a pauta parecia que era combinada todo dia entre eles. Lia um jornal, bastava. Os outros dariam o mesmo enfoque. E assim com as tevês, diferenças apenas aquelas dadas pela abundância de recursos de uma, escassez de outras. As revistas, salvo exceções como CartaCapital (para falar só de semanais) também guardavam uma semelhança impressionante. E alguns de meus colegas, bons professores, diziam que eu tinha uma visão conspiratória.
Não se trata de nenhuma visão conspiratória. É que há uma consonância ideológica. Os meios da velha mídia não precisam se reunir para que tudo saia num mesmo diapasão. Tocam de ouvido. Têm a mesma ideologia, a mesma compreensão de mundo, a mesma visão política, o mesmo projeto político para o Brasil. Assim, em princípio, seria desnecessário um Instituto Millenium. Afinal, a concordância é natural. Esses meios fazem parte de uma mesma família política e ideológica. Por que então o Millenium? Essa a pergunta que intriga.
O professor Demian Bezerra de Melo, da Universidade Federal Fluminense, diz que a atuação do Instituto tem o sentido histórico da contenção – conter o avanço de governos de esquerda na América Latina, sejam quais forem as formas que eles adquiram. Creio que é uma boa pista. Penso, como acréscimo, que há, por parte do Instituto, uma particular preocupação com o Brasil, por obviedade. Contenção de um projeto político de esquerda que vem se afirmando há praticamente uma década. O Brasil tem mudado. A renda do povo melhorou. Nossa soberania afirmou-se. Somos respeitados em todo o mundo. Firmamos uma liderança popular como Lula – no Brasil e no mundo. Dilma afirma-se como grande presidenta, querida do povo. A classe trabalhadora tem um protagonismo acentuado.
Apesar de você. E tudo isso está ocorrendo apesar da mídia, e não contando com ela. O sucesso desse projeto acendeu o sinal vermelho para a direita brasileira, em todos os seus matizes. E o Millenium chega para tentar sustentar teoricamente a luta dos que ainda defendem o neoliberalismo à brasileira. Não lembrei o IPES e o IBAD por acaso. Não podemos esquecer as lições da história. O Millenium acompanha uma tradição golpista existente no Brasil, uma tradição golpista da nossa velha mídia inclusive. Não aceita, não engole um governo que, pela via democrática, e com parâmetros distintos do neoliberalismo, está mudando o Brasil. E fará de tudo para derrotar esse projeto. De tudo.
Assim, face a esse tipo de organização, é fundamental, para além da atuação cotidiana dos partidos políticos que se opõem à ideologia defendida pelo Millenium, que todos nós tenhamos consciência do quanto é essencial a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. E luta pela democratização significa garantir a emergência de tantos outros atores sociais que estão excluídos da cena midiática, que não tem a chance de transitar nela, esmagados pelos monopólios. Esta é uma luta política essencial dos nossos dias. Esperamos que brevemente chegue à Câmara Federal o projeto do novo marco regulatório das comunicações para que, com ele, assistamos a emergência de um novo tempo nessa área, que consiga revelar o Brasil diverso em que vivemos, tão rico culturalmente, que permita o trânsito, na esfera midiática, de pensamentos diferentes dos professados pelo Millenium.
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