terça-feira, 21 de agosto de 2012

Animação 'O Gato do Rabino' prega a tolerância entre os povos

- Por: Guilherme Bryan, especial para a Rede Brasil Atual

Estreou nessa sexta-feira (18), nos cinemas brasileiros, a boa animação franco-austríaca “O Gato do Rabino”, dirigido por Antoine Delesvaux e Joann Sfar, autor dos quadrinhos que deram origem ao filme e conhecido também pela cinebiografia do cantor e compositor francês Serge Gainsbourg. O enredo gira em torno do rabino Sfar (dublado pelo consagrado e veterano ator francês Maurice Bénichou e inspirado no pai de Joann), que observa a filha se tornar adolescente e começar a esperar por um namorado, e o gato dela devorar um papagaio e, assim, adquirir a fala, numa história que valoriza a tolerância entre diferentes povos e religiões.

A trama é ambientada em Argel, capital da Argélia, entre 1920 e 1930, quando o rabino Sfar precisa ser aprovado num exame, o que, como uma espécie de milagre, acaba ocorrendo. Porém, ao mesmo tempo, ele recebe a visita de um garoto russo, que não sabe falar qualquer coisa em outro idioma a não ser o seu, sendo compreendido apenas pelo gato. Na companhia de um xeque árabe, ele parte, então, em uma aventura mística pela África, em busca de uma cidade escondida. No caminho, eles enfrentarão várias dificuldades.

O livro em quadrinhos que vendeu mais de 200 mil exemplares na França e também se tornou um best-seller no Brasil chega, portanto, muito bem aos cinemas, mesmo bastante atrasado por aqui. Afinal, ele foi realizado em 2011 e, desde então, conquistou vários prêmios internacionais, como o de melhor filme de animação no César.

Numa época marcada por tantas animações caríssimas e que se valem do recurso em 3D, nada mais salutar do que ver algo muito bem realizado em 2D e que trata de um tema tão universal, como a luta contra a intolerância, de qualquer natureza, demonstrando como pessoas de diferentes culturas e origens são capazes de aprender umas com as outras

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