A vida e a música de Violeta Parra estão nos cinemas: estreou recentemente o filme Violeta foi para o céu, de Andrés Wood.
Cantora, compositora, pesquisadora do folclore musical, artista plástica, comunista - a chilena Violeta Parra (Violeta del Carmen Parra Sandoval, 1917-1967) já foi considerada a mãe da canção de protesto sul-americana. Sua vida, inquieta e intensa, é o tema do filme Violeta Foi Para o Céu, uma produção chilena, argentina e brasileira, protagonizada pela atriz chilena Francisca Gavilán e dirigida por Andrés Wood, que acaba de estrear.
Violeta formou-se - como diria Milton Nascimento - “nos bares da vida”: foi neles que, desde os nove anos de idade, cantou, tocou vilão e aprimorou, no grupo formado com seus irmãos, a arte que aprendeu com os pais, aficionados da música.
Cedo ligou-se ao protesto dos trabalhadores e fez de sua voz a voz da luta e da resistência, registrando-a em canções que se tornaram clássicas, como Gracias a la vida, Volver a los 17, ou La carta, cujo tom claramente comunista é notado, por exemplo, em versos onde ela diz: "Na minha pátria não há justiça, os famintos pedem pão, a polícia lhes dá chumbo". Canções cuja celebridade foi mantida e aumentada na década de 1970 pela também comunista, a argentina Mercedes Sosa.
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