sexta-feira, 13 de julho de 2012

A saúde não pode esperar

O município deve ter a saúde como prioridade e buscar mais recursos, convênios e parcerias com outras esferas públicas, pois existem recursos disponíveis para isto

- por Paulo Malerba, Cientista político, sociólogo e Presidente do PT Jundiaí.

A saúde é um desafio de nosso país, que precisa continuar sendo enfrentado com prioridade. Jundiaí, pela sua riqueza e grande orçamento, pode melhorar nessa área, utilizando os recursos com eficiência para garantir o melhor atendimento aos cidadãos.

A prevenção e atuação na saúde básica são fundamentais. Ampliar a presença de agentes de saúde e melhores condições nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é muito importante, evitando que quadros clínicos simples sejam agravados. Dentro dessa concepção, a saúde bucal desperta atenção especial. A falta de atendimento de dentista para adultos em nossa cidade é algo grave. Sabemos que muitas doenças começam pela falta de saúde na boca. Isso não é meramente estética, mas questão de qualidade de vida. Existe um programa federal chamado “Brasil Sorridente” que fornece consultórios completos, todo equipado para a cidade atender a população. Basta montar o projeto e apresentar no Ministério para implantar em Jundiaí.

As condições financeiras favoráveis de Jundiaí devem propiciar que as consultas com especialistas demorem menos tempo. Atualmente, a pessoa que precisa se consultar com um dermatologista ou neurologista, por exemplo, precisa esperar meses em nossa cidade. É um tempo excessivo. O AME não consegue resolver este problema, pois está longe de oferecer a quantidade e a variedade de consultas necessárias.

Precisamos ter também Pronto Atendimento distribuídos pelas regiões da cidade, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) são importantes para oferecer atendimento de emergência rapidamente, encaminhando apenas os casos mais complexos ao Hospital São Vicente, isso deixaria o atendimento mais próximo das pessoas e desafogaria o Hospital. O Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite, isto é, responsabilidade dos Municípios, Estado e União. Apenas o município e o governo federal investem de forma contínua na saúde do município, carece, portanto, que o governo estadual seja cobrado pelo Prefeito para cumprir com sua parte, que hoje é muito pequena.

O município deve ter a saúde como prioridade e buscar mais recursos, convênios e parcerias com outras esferas públicas, pois existem recursos disponíveis para isto - como o caso do “Brasil Sorridente” -, entretanto, precisa apresentar projetos, apresentar inovações e ser proativo, porque a saúde da população não pode esperar.

Por isso minhas propostas, como vereador, para atuar na área de saúde são essas: cobrar que a cidade tenha um melhor atendimento nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), com atenção redobrada na prevenção e atenção básica à saúde, de forma integral, e ter especial cuidado com os idosos. Fiscalizar e atuar para que o município faça parcerias e convênios com outras esferas do governo para programas de Saúde, como a construção de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) nas regiões da cidade, desafogando o Hospital São Vicente, que deve manter seu foco principal no atendimento de maior complexidade.

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